O governador Eduardo Riedel e o Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira lançaram na terça-feira (25), durante a Conferência Estadual da Agricultura Familiar, uma nova política pública prevista no Plano Safra para os agricultores familiares de Mato Grosso do Sul. O objetivo é fortalecer o setor, promover uma transição agroecológica e levar alimentos saudáveis à mesa dos cidadãos.
O Plano Safra da União vai destinar cerca de R$ 400 milhões para a agricultura familiar do Estado, envolvendo a abertura de crédito aos produtores, programas de incentivo à compra de alimentos, acesso a maquinário e assistência técnica. Ainda há uma estimativa do governo Federal de que os agricultores familiares da região Centro-Oeste contratem mais de R$ 4 bilhões em crédito rural.
“No ano passado aplicamos R$ 40 milhões no setor e agora o Plano Safra chega com mais R$ 400 milhões. Eles fizeram o mesmo padrão metodológico que é feito para agricultura comercial, olhando para o desenvolvimento junto com a agroindustrialização, com financiamento tanto ao produtor, como às cooperativas. Agora, temos novos desafios para a aplicação desses recursos e muitos deles nos foram apontados nas Conferências da Agricultura Familiar”, informou o secretário da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Jaime Verruck.
“Ela tem que ter melhores condições, pois são aqueles produtores que mais precisam de apoio. Entre os desafios está a titulação de terras, por isso vamos buscar a parceria com o governo federal, para sermos um Estado modelo e referência para o Brasil”, reafirma Riedel.
O ministro Paulo Teixeira elogiou a postura do Estado, pelo bom diálogo e por ter políticas públicas alinhadas para atender o setor. “Nesta reunião vimos que o Governo Federal, Estadual e prefeituras e movimentos sociais trabalham de forma harmônica no mesmo objetivo. Quando a gente se dá as mãos e quer ajudar, nós ajudamos quem mais precisa”, descreveu.
Entre as ações previstas do Plano Safra ao agricultor familiar estão as compras públicas de alimentos produzidos no campo, aquisição dos produtos para rede escolar e também compra institucional. Recursos destinados à assistência técnica e extensão rural; abertura de créditos pelo Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), assim como outros incentivos como o “Garantia Safra” e “Proagro-Mais”.
Carbono Neutro
Há também um outro ponto em comum que é inserir a lógica da sustentabilidade ao pequeno produtor, alinhando assim a política do Estado “Carbono Neutro”. Durante a solenidade foram assinados dois termos de cooperação técnica e econômica, sendo que o primeiro prevê a implantação de um programa de sistema agroflorestais nos assentamos.
“Assinamos aqui hoje o primeiro processo de sistema de carbono neutro para agricultura familiar, onde vamos trabalhar em 2 mil hectares, com 800 produtores, inserindo eles nesta lógica. O Plano Safra também traz este alinhamento com a política pública estadual”, completou o secretário.
O ministro também defendeu esta política sustentável. “O Estado tem todas as condições de liderar este processo. Tudo isto requer técnica, assistência e crédito, para promover esta transição ecológica e agroindústria forte”, diz o ministro Paulo.