Campo Grande 00:00:00 Segunda-feira, 16 de Setembro de 2024



Legislativo Quarta-feira, 04 de Setembro de 2024, 11:25 - A | A

Quarta-feira, 04 de Setembro de 2024, 11h:25 - A | A

Economia

Orçamento de 2025 prevê aumento do salário mínimo e cortes em investimentos

PLOA estabelece reajuste de 6,87% no mínimo, meta de déficit zero e contingenciamento de R$ 15 bilhões, afetando áreas essenciais como o PAC

Fernanda Oliveira
Capital News

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025 já está no Congresso Nacional e precisa ser votado até o fim do ano. O texto prevê um salário mínimo de R$ 1.509, com aumento de 6,87%, e mantém a meta fiscal de déficit zero, assim como em 2024. O orçamento total proposto é de R$ 5,87 trilhões, dos quais R$ 2,77 trilhões são destinados a despesas com a dívida pública. O governo projeta um crescimento real das receitas de 5,78%, enquanto o aumento das despesas está limitado a 2,5%.

Segundo a Agência Brasil 61, o economista André Galhardo, da Análise Econômica de São Paulo, destaca que o aumento do salário mínimo tem um impacto significativo na economia, especialmente após um período de estagnação dessa política. Segundo ele, o reajuste real é crucial para manter o poder de compra dos aposentados e pensionistas e estimular o crescimento econômico, evitando a penalização de regiões que dependem mais desse incremento.

Entretanto, para cumprir o arcabouço fiscal e atingir a meta de déficit zero, o governo prevê cortes de R$ 15 bilhões em várias áreas, incluindo R$ 4,5 bilhões nos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Esses cortes têm gerado críticas de diversos setores, que alertam para o risco de interrupção de serviços essenciais. O assessor de orçamento Cesar Lima destaca que o contingenciamento de recursos pode levar a um "default" em alguns serviços prestados.

As projeções econômicas para 2025 indicam um crescimento de 2,64% e uma inflação de 3,3%. No entanto, a taxa básica de juros deve cair para 9,61% ao ano. Para Galhardo, o cenário é parcialmente positivo, pois um crescimento maior e uma inflação controlada podem favorecer a arrecadação do governo. O projeto será analisado pela Comissão Mista de Orçamento e, posteriormente, votado no Plenário do Congresso Nacional.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS