Nesta terça-feira (19), a Polícia Federal prendeu cinco suspeitos de planejar o assassinato de Lula, Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes em 2022. A operação “Contragolpe”, autorizada por Moraes, apontou que os envolvidos monitoraram as autoridades após uma reunião na casa de Braga Netto. O plano incluía envenenamento e ações extremas para “neutralizar” as lideranças.
Deputados governistas, como Bohn Gass (PT-RS), elogiaram a investigação. “Não há mais dúvida. A tentativa de golpe está provada e a prova está nas mãos da Polícia Federal”, afirmou. Rogério Correia (PT-MG) criticou a declaração de Flávio Bolsonaro de que “pensar em matar alguém não seria crime”. Para Luiz Couto (PT-PB), o caso reforça a necessidade de vigilância contínua: “A democracia ainda corre risco”.
Por outro lado, parlamentares da oposição questionaram a operação. Coronel Chrisóstomo (PL-RO) classificou o caso como “conversa furada”, enquanto Bibo Nunes (PL-RS) criticou a demora na ação e chamou a classificação dos atos de 8 de janeiro como golpe de “equívoco”. Luiz Lima (PL-RJ) afirmou que apenas Bolsonaro sofreu uma tentativa real de assassinato.
Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, destacou que “não há espaço para ações contra o regime democrático” e defendeu que todos os envolvidos sejam julgados rigorosamente. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, relatou que Lula ficou “surpreso e estupefato” com as revelações, ressaltando os riscos enfrentados pelas instituições democráticas no Brasil.