Políticos, autoridades e entidades lamentam a morte da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, vítima de feminicídio em Campo Grande. Ela faleceu na madrugada de quinta-feira (13) na Santa Casa, após ser esfaqueada pelo ex-noivo, Caio Nascimento. A jornalista havia denunciado o ex-companheiro na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e obtido uma medida protetiva, mas foi atacada horas depois, em sua residência, no fim da tarde de quarta-feira (12). O suspeito foi preso em flagrante.
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, lamentou o ocorrido e destacou a necessidade de enfrentar a violência contra a mulher. "É com tristeza que recebemos a notícia dessa perda tão dolorosa. A violência de gênero é um grave problema que precisa de um combate efetivo e urgente em nossa sociedade", afirmou.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de MS (Sindjor/MS), a Comissão de Mulheres e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) também se manifestaram. O Sindjor/MS lembrou do caráter e da dedicação de Vanessa: "De texto impecável e ideias constantes, Vanessa sempre tinha um projeto novo na manga. Sua morte representa uma perda irreparável para o jornalismo e para a sociedade."
Vanessa Ricarte era funcionária do Ministério Público do Trabalho (MPT), onde também prestava relevantes serviços. O MPT destacou sua importância para a instituição e para a sociedade: "Ela contribuía significativamente para a divulgação e conscientização sobre direitos trabalhistas e justiça social. Sua morte é um golpe para todos nós."
A Câmara Municipal de Campo Grande emitiu uma nota oficial, lamentando a perda. "Com tristeza e indignação, a Câmara Municipal de Campo Grande lamenta o falecimento da jornalista Vanessa Ricarte, vítima de feminicídio. O velório será realizado nesta quinta-feira, no Plenário Oliva Enciso da Casa de Leis", disse o presidente da Câmara, Epaminondas Neto, o Papy.
A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, também expressou seu pesar. "Um dia triste para todas nós. A morte de Vanessa é uma tragédia que nos envergonha enquanto sociedade", declarou. A prefeita ressaltou que o caso reflete a necessidade urgente de políticas públicas para enfrentar a violência de gênero.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MS) repudiou o crime e se solidarizou com a família. "A violência de gênero, em seu grau máximo, deve ser exemplarmente investigada e punidos seus responsáveis. A OAB/MS seguirá acompanhando o caso e repudia toda e qualquer violência contra a mulher", afirmou a entidade.
O deputado federal Geraldo Resende também lamentou o feminicídio e destacou a importância de lutar contra esse tipo de violência. "É com profunda indignação que recebo a notícia do brutal assassinato de Vanessa Ricarte. Reforço meu compromisso com a luta contra a violência de gênero e pela criação de uma sociedade mais segura para as mulheres", disse o parlamentar.
A deputada federal Camila Jara expressou sua revolta com o sistema falho de proteção às mulheres. "Vanessa fez tudo que dizem que uma mulher deve fazer para se proteger: denunciou, pediu medida protetiva, e mesmo assim foi brutalmente assassinada. Precisamos de políticas públicas eficazes e uma justiça mais rápida", enfatizou. O deputado estadual Paulo Corrêa também se manifestou, cobrando medidas urgentes contra a violência: "Medidas enérgicas e o fortalecimento da rede de proteção às mulheres são indispensáveis", concluiu.