O Partido dos Trabalhadores (PT) pode deixar de ser aliado do governador Eduardo Riedel (PSDB) e lançar candidatura própria ao governo de Mato Grosso do Sul na eleição do próximo ano. A decisão dependerá do posicionamento de Riedel em relação ao palanque presidencial e à disputa pelo Senado.
O partido busca garantir um palanque para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado e quer o apoio do governador a um candidato petista ao Senado. O deputado Pedro Kemp (PT) deixou claro nas suas redes sociais que a sigla não pretende apoiar Riedel sem contrapartidas.
“Vamos aguardar uma sinalização, de palanque para o Lula ou uma das vagas ao Senado. Se não apoiar a reeleição do presidente Lula ou nossa candidatura ao Senado, automaticamente teremos que disputar. Apoiar sem nenhuma contrapartida, não dá”, justificou.
Uma das alternativas discutidas é um acordo em torno da candidatura de Vander Loubet (PT) ao Senado. Caso Riedel o apoie, o PT poderia manter a aliança, permitindo a campanha de Lula no Mato Grosso do Sul.
“É um entendimento possível de ser construído, com um palanque para o Senado. Se Riedel sinalizar apoiar o Vander, abre automaticamente um espaço para a campanha do Lula no Estado, mesmo que ele apoie outro candidato. Se não abrir esse espaço, vamos discutir candidatura própria e fazer nossa chapa”, explicou Kemp.
Além da disputa ao governo e ao Senado, o PT pretende ampliar sua bancada. O objetivo é passar de dois para três deputados federais e de três para quatro deputados estaduais. “Na última eleição, por 4.500 votos não elegemos o quarto deputado estadual”, lembrou o parlamentar.