A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que não faltarão recursos federais para Mato Grosso do Sul. Durante entrevista concedida por telefone ao programa Tribuna Livre, da Rádio Capital, na manhã desta segunda-feira (18), a ministra destacou investimentos em infraestrutura e defendeu a maior participação feminina na política.
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Ministra Simone Tebet, durante entrevista na FM Capital nesta terça-feira no programa Tribuna Livre
Tebet iniciou sua fala pedindo desculpas por não poder estar presencialmente na entrevista devido à sua agenda apertada. "Sempre que estou em Campo Grande, gosto de comparecer pessoalmente, mas, desta vez, tive que participar por telefone. No entanto, é sempre uma oportunidade falar sobre as boas notícias para o nosso estado", afirmou.
Recursos federais garantidos para obras estruturantes
A ministra destacou que o Governo Federal tem sido um parceiro estratégico no desenvolvimento de Mato Grosso do Sul e listou uma série de investimentos já garantidos. "Temos pelo menos R$ 1 bilhão em obras do PAC para o estado, incluindo a ponte de Porto Murtinho, fundamental para a rota bioceânica, e o contorno rodoviário de Três Lagoas, na saída para São Paulo", disse Tebet.
Ela também mencionou a BR-419, ligando Aquidauana a Anastácio, obra de grande impacto para a região pantaneira, e um contrato de R$ 39 milhões para o contorno viário de Amambai. "Este recurso foi conseguido após 12 anos sem investimento nessa área. É um fundo perdido, sem contrapartida municipal, ou seja, dinheiro garantido na veia", enfatizou a ministra.
Presença feminina na política
Outro ponto de destaque da entrevista foi a defesa de Tebet pela ampliação da participação das mulheres na política. Para ela, a inclusão feminina nos espaços de decisão é essencial para o avanço do país. "Precisamos garantir que 30% das executivas dos partidos sejam compostas por mulheres, pois são elas que selecionam os candidatos. Dessa forma, teremos mulheres buscando outras mulheres para entrarem na vida pública", argumentou.
A ministra criticou o uso de mulheres como "laranjas" apenas para cumprir cotas partidárias e reforçou que muitas são altamente competentes e desejam participar ativamente. "O Brasil é um país de desigualdades profundas e não podemos abrir mão da visão e do comprometimento feminino na gestão pública", afirmou.
Para exemplificar, Tebet citou sua experiência como candidata à presidência da República em 2022. "Dos quase cinco milhões de votos que recebi, 80% vieram de mulheres. Isso prova que, quando há oportunidade e visibilidade, as mulheres confiam em outras mulheres", concluiu.
A ministra reforçou seu compromisso com Mato Grosso do Sul e disse que continuará trabalhando para garantir os investimentos necessários ao desenvolvimento do estado.
Programa Tribuna Livre - 18/02/2025