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Política Terça-feira, 16 de Outubro de 2007, 15:03 - A | A

Terça-feira, 16 de Outubro de 2007, 15h:03 - A | A

Lula sugere biocombustíveis à República do Congo

Agência Brasil

O presidente da República Popular do Congo, Denis Sassou Nguesso, demonstrou hoje (16) entusiasmo em relação aos biocombustíveis, mesmo o país sendo auto-suficiente em petróleo - atualmente, tem uma produção diária de 267 mil barris.

Em coletiva após a assinatura de quatro contratos de cooperação entre os dois países, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância dos biocombustíveis para o continente africano.

"Mesmo que aqui na África tivesse países com o poder de consumo da Noruega, ainda assim seria importante oferecer o biocombustível, porque se trata de evitar a emissão de gases efeito estufa".

Segundo ele, a América Latina e a África são hoje as regiões "com mais terra" para plantar oleaginosas (mamoma, girassol, soja, amendoim, etc), que são a base desses combustíveis.

"O Brasil é auto-suficiente em petróleo, tem uma empresa das mais modernas do mundo. Entretanto, para nós, a produção do biocombustível primeiro é a oportunidade de criar uma nova matriz energética menos poluente, mais geradora de empregos e mais distribuidora de renda. É tudo que eu quero para o Brasil e é tudo que eu quero para a África", ressaltou Lula.

O presidente brasileiro ponderou que estava apenas sugerindo, e não impondo qualquer modelo ao país africano.

"O que eu quero mesmo é fazer uma revolução na agricultura com o biocombustível, sem atacar dois problemas. Primeiro, manter a segurança alimentar. Segundo, todos os países têm que ter um zoneamento agroecológico para preservar as áreas que precisam ser preservadas. E aqui na África tem gente precisando de trabalho, tem muita terra e, do outro lado, no Norte, tem pouca terra e muita gente com dinheiro para comprar o biocombustível produzido aqui. Só isso".

Durante a coletiva, o presidente congolês apoiou a entrada do Brasil como membro permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), bem como a luta contra os subsídios agrícolas liderada pelo G20, grupo que reune países em desenvolvimento.

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