O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) aceitou, por unanimidade na manhã desta quarta-feira (12), a denúncia do Ministério Público Estadual por corrupção passiva e lavagem de dinheiro contra o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP). A Seção Criminal do TJMS demorou uma hora. A denúncia do MP foi aceita por seis dos nove desembargadores do TJ-MS. Três alegaram ter ligação com os envolvidos na denúncia, por isso, não julgaram o pedido.
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Deurico Ramos / Arquivo Capital News
Gilmar Olarte
A partir de agora, o prefeito passa a ser réu em ação judicial no qual é acusado, após investigação feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Segundo o Gaeco, a investigação começou em outubro de 2013, mas veio à tona após a prisão de Ronan Feitosa no dia 11 de abril de 2014, em São Paulo. O caso ganhou repercussão nacional ao ser tema de reportagem do programa Fantástico da TV Globo em 17 de maio deste ano. O prefeito Gilmar Olarte, segundo as investigações, está sendo acusado de ter recebido cheques em branco de pessoas humildes e repassado a agiotas.
Também se tornaram réus no processo o ex-assessor do município, Ronan Edson Feitosa (corrupção passiva) e Luiz Márcio Feliciano (lavagem de dinheiro).
O relator do processo, Luiz Cláudio Bonassini da Silva, acatou a denúncia contra os três e foi acompanhado pelos desembargadores Dorival Moreira dos Santos, presidente da Seção Criminal, Romero Osme Dias, Carlos Eduardo Contar, Manoel Mendes Carli e Luiz Gonzaga Marques.
Segundo Bonassini, as provas coletadas pelo Gaeco comprovam que houve corrupção e lavagem de dinheiro.