Aos 122 anos, a capital de Mato Grosso do Sul encanta por suas belas árvores, comidas típicas e cultura única. Um povo que se define na pluralidade, pois apresenta diferentes tradições, raças, etnias e crenças, originárias dos povos migratórios que escolheram Campo Grande como lar.
Ao longo dos anos, os espaços turísticos, culturais e gastronômicos da cidade, assim como seu povo, foram se moldando e dando origem a uma mistura de tradições trazidas de diferentes locais por imigrantes paraguaios, japoneses, libaneses e italianos.
Há quem diga que Campo Grande é “pacata demais”, “Capital com cara de interior”, feita para que não gosta de sair de casa, por isso esse itinerário que percorre pelos principais pontos turísticos da cidade apresenta tudo de bom que ela tem a oferecer, além de contar a história da Capital sul-mato-grossense.
Construída entre 1918 e 1923 sob as ordens de Francisco Cetraro e Pasquele Cândida, e projetada pelo engenheiro Camilo Boni, o prédio que hoje abriga a Casa do Artesão, sediou o Banco do Brasil, comércio e autarquia pública de Campo Grande. O espaço foi inaugurado como Casa do Artesão em 1º de setembro de 1975 e reinaugurado em 1990, após restauração e revitalização.
A Casa do Artesão marca o crescimento da Capital, e atualmente reúne diferentes artesanatos que contam a história do Estado, como os vasos produzidos pelos indígenas Kadiwéu e os bugrinhos da famosa artesã Campo-grandense Conceição dos Bugres.
Morada dos Baís, é outro importante ponto para conhecer a história de Campo Grande, em 1913, Bernardo Franco Baís iniciou a construção do segundo sobrado do contexto urbano do município. A obra foi concluída em 1918, tornando-se residência da família Baís até 1938. No local, a artista Lídia Baís deu origem a seus incríveis painéis pintados nas paredes do sobrado em 1937. Suas obras podem ser conferidas no Museu fixo da artista.
Atualmente a Morada é tombada como Patrimônio Histórico Municipal e funciona como museu, espaço para shows musicais, restaurante e muito mais.
Inaugurado em 1933 com intuito de homenagear os fundadores de Campo Grande, o Obelisco segue como um dos principais pontos turísticos da Cidade, erguido na gestão do Prefeito Ytrio Corrêa da Costa, com projeto do Engenheiro Newton Cavalcante, então comandante da Circunscrição Militar.
O monumento possui um medalhão com a efígie do fundador da cidade e está localizado entre duas das ruas mais importantes da cidade, no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a José Antônio Pereira. Em 1975 o prédio foi tombado como patrimônio histórico do Município de Campo Grande.
Um dos mais recentes pontos turísticos da Capital é a estátua Manoel de Barros, localizada na Avenida Afonso Pena, o monumento presta homenagem ao maior poeta de MS.
A estátua foi disponibilizada pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania, em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc), e assinada pelo artista plástico Ique Woitschach.
Sediados na Rua 14 de Julho e na Avenida Calógeras, Campo Grande apresenta duas homenagens ao Relógio Central. O Relógio Público Municipal e o Monumento ao Relógio Central Renato Barbosa Rezende.
Inaugurado em 1933, o antigo relógio é considerado um símbolo de progresso, ponto de referência de encontros políticos, desfiles cívicos, passeatas e manifestações culturais na Capital.
O segundo monumento, denominado “Relógio Público Municipal” foi construído no canteiro central na esquina das Avenidas Afonso Pena e Rua 14 de Julho, em 2019.
Principal praça da Capital, a Praça Ary Coelho foi construída no local do primeiro cemitério do Arraial de Santo Antônio do Campo Grande. Em 1909, o espaço foi reformulado pelo engenheiro Nilo Javari Barém, dando origem à praça 2 de novembro, passando a ser reconhecida como Jardim ou Praça Municipal em 1915. Na década de 20, tornou-se a Praça da Independência e no início dos anos 30, Praça da Liberdade.
O espaço recebeu a denominação de Praça Ary Coelho em 1954, em homenagem ao então Prefeito de Campo Grande, assassinado em 1952, em Cuiabá. Na Praça que leva seu nome, uma estátua em bronze, de corpo inteiro, foi inaugurada em fevereiro de 1954.
Um dos maiores pontos turísticos da Capital, a Feira Central reúne em um só local a gastronomia, artesanato e feira de produtos hortifrutigranjeiros. Fundada a partir de um decreto publicado em 4 de maio de 1925, pelo então intendente municipal Arnaldo Estevão de Figueiredo, a feira tornou-se um point gastronômico.
Em 2006 a feira foi totalmente reestruturada e realocada para a antiga Estação Ferroviária de Campo Grande. O local tem um importante valor cultural para a cidade, visto que o sobá, considerado patrimônio imaterial de Campo Grande, foi popularizado na Feira Central.
O Mercado Municipal de Campo Grande, popularmente conhecido como Mercadão, é o melhor local para quem quer conhecer os sabores e aromas regionais. Entre os atrativos do local estão o pastel de jacaré e a erva mate utilizada na mais tradicional bebida de MS, o tereré.
O local foi inaugurado em agosto de 1958, abrigando inicialmente uma feira livre, que foi ponto de vendas de carnes e verduras e ocupava uma grande área margeando os trilhos da Noroeste, entre a Avenida Afonso Pena e a Rua 7 de setembro. A feira livre existiu até os anos 50 quando o terreno foi doado à administração municipal. O local tornou-se referência na comercialização de produtos hortifrutigranjeiros, peixes e especiarias. Grande parte dos comerciantes que vendiam e ainda vendem no local são imigrantes japoneses.
Na época, a dificuldade no transporte dos produtos motivou o imigrante português Antonio Valente a doar uma área de sua propriedade para fixação de uma feira, que posteriormente veio a se tornar o Mercadão.
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