Trazidas por fazendeiros do século passado que foram até a Ásia buscar cabeças de gado Zebu e, com eles, vieram mudas de Mangueiras e Figueiras que desembarcaram em Campo Grande no início do século XX e completam 100 anos em 2021. A Avenida Afonso Pena e toda extensão dos seus canteiros é um patrimônio cultural e paisagístico, por ser um marco original do processo de urbanização de Campo Grande.
Por volta da segunda década do século XXI, foram plantadas pelas mãos dos prefeitos de Campo Grande à época Dr. Arlindo de Andrade Gomes, Dr. Arnaldo Estevão de Figueiredo e Dr. Eduardo Olímpio Machado. Conforme a Prefeitura de Campo Grande, na década de vinte, na gestão de Arlindo de Andrade, foram plantados os fícus e os ingazeiros. Posteriormente os demais canteiros foram sendo arborizados e ajardinados. Nesses canteiros foram plantadas espécies nativas do cerrado e exóticas.
As grandiosas e exuberantes Figueiras resistem às mais distintas adversidades constantes no ambiente urbano. Desta forma, a Prefeitura realiza, desde 2017, o monitoramento e os tratos culturais mais indicados para a preservação desses exemplares.
Em 2018, 24 árvores na avenida Afonso Pena, entre as ruas José Antônio e Calógeras, receberão tratamento contra insetos que prejudicam seu desenvolvimento e saúde. Na ação, para a eficácia do tratamento, foi escolhido o Óleo de Neem, que será aplicado em duas etapas, com intervalos de 15 dias, visando o ataque direto aos insetos que prejudicam as árvores.
Em 4 de outubro de 2019, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) publicou um decreto que dispõe sobre o tombamento do canteiro central e das árvores octogenárias da avenida. Os espaços ficam tombados entre a avenida Tiradentes e a Praça General Newton Cavalcante, até o começo da Avenida do Poeta. Conforme o decreto ficou proibido demolir, destruir, alterar, mutilar, transformar, reparar, pintar ou restaurar os espaços internos dos canteiros centrais sem a autorização prévia da Prefeitura. Canteiros centrais e as árvores estão inscritos no livro de Tombo Histórico e Paisagístico de Campo Grande.
A arborização dos canteiros da Afonso Pena exerce junto com as demais vegetações uma importante função para a saúde e contribui para a melhoria do clima na cidade, além das espécies ali plantadas serem documentos vivos que contam a história da evolução do planejamento urbano e paisagístico da cidade, e o espaço para as mais diversas manifestações cívicas e culturais.
Quintal do Manoel
O quintal do poeta Manoel de Barros fica na Avenida Afonso Pena, entre as ruas 13 de Maio e Rui Barbosa, quase em frente ao antigo quartel do Comando Militar do Oeste (CMO). O monumento se abrigará entre duas árvores centenárias da espécie figueira.
Manoel de Barros foi esculpido em uma réplica do sofá de sua casa. A escultura em tamanho real apresenta algumas características marcantes, rica em detalhes, desde o sorriso cativante do poeta aos seus trajes simples, as pernas cruzadas, o tênis surrado, ao lado de caramujos e do ninho de pomba, com os quais dialogava e se inspirava entre imagens, lembranças e metáforas.
- Saiba mais
- Com sinais de estupro, indígena de 11 anos é jogada de pedreira em MS
- Decretada prisão preventiva dos envolvidos na morte e estupro de Raissa
- Indígena é morto a facadas e jogado na pedreira por filho
- Laudo confirma que indígena de 11 anos foi estuprada
- Tio que participou do estupro de indígena é encontrado morto
- Crime Planejado: Indígena de 11 anos foi estuprada pelo tio antes de morrer
- Morte de Raíssa é resultado da falta de segurança pública em aldeias de MS, afirma MPF