Hoje é dia de Rock bebê! A frase que, há 11 anos viralizou depois de uma entrevista que a atriz global Christiane Torloni deu a um canal de televisão, esta semana voltou pra boca dos roqueiros. Na última quarta-feira (13) foi comemorado o dia internacional desse estilo musical e o Capital News conversou com um baterista e empresário que há quase 40 anos, montou uma loja em Campo Grande para manter viva a paixão pela música.
Bosco Ferreira de Melo, 65 anos, é proprietário da loja Rock Show, um espaço aonde se encontra discos de vinis, camisetas, acessórios da cultura rock. O endereço, na avenida principal da cidade, a Afonso Pena, é parada obrigatória para quem preza o estilo.
A decoração da Rock Show chama atenção, nas paredes vinis com fotos de álbuns se misturam com o colorido das capas dos discos expostos para venda. Entre as raridades esta o vinil do baterista Edson Machado, um baterista autodidata e compositor musical brasileiro, a relíquia custa R$1.500,00 reais.
"O que me motiva é a teimosia, junto com paixão pelo Rock"
A loja não é apenas um local de vendas como se transformou em uma página importante da memória cultural da cidade, um desafio que com muito amor ao rock, tem sido enfrentado já que Campo Grande é uma das capitais aonde o estilo musical predominante é o sertanejo. “O que me motiva é a teimosia, junto com paixão pelo Rock e querer agregar mais cultura Rock, Blues e Jazz às pessoas”, explica o empresário.
Bosco também fala que a loja foi montada depois que o proprietário foi a um show no Rock"n" Rio de 1985 com a esposa, Márcia Helena de 59 anos, o primeiro, que só tinha bandas de Rock e Heavy Metal, além de Folk, conta. “Após me casar eu dei um toque na minha esposa de montarmos uma loja de rock em Campo Grande, seria uma coisa inédita, e fomos a primeira loja nesse estilo na capital”, relembra.
O empresário fala que o conceito da Rock Show é muito amplo e foi trabalhado ao longo da sua história, no entanto nos últimos anos a loja se especializou na venda de vinis l, uma ideia que deu certo, segundo Bosco. “Hoje a moçada está apaixonada por vinil, é uma ótima ideia para começar”, detalha.
Ponto de memórias
Mais que um local de comércio, a loja ganhou ao longo dos anos o status de ponto de encontro. O local carrega histórias e memórias, já recebeu a visita de artistas renomados como a cantora Rita Lee, as bandas Ultraje a Rigor, Titãs entre outras. Bosco relembra que muitas bandas também começaram a dar os primeiros passos no local, como Os impossíveis, a banda HIV, Chalana de Prata, etc.
Bosco não pensa em fechar as portas, mas considera que para mantê-la aberta só pela paixão pelo Rock não basta. “Vamos manter aberta o tempo que a gente achar que deu, pois loja de Rock não é só paixão, tem muita burocracia além de ladrão, que invade o seu estabelecimento e te limpa. Você é obrigado a enfrentar várias adversidades”, finaliza.
Mas, afinal, por que este dia 13 de julho é dia do Rock?
Em 13 de julho de 1985, foi realizado o Live Aid, megaevento beneficente que reuniu grandes nomes do gênero e ocorreu simultaneamente no Wembley Stadium, em Londres na Inglaterra, no John F. Kennedy Stadium, na Filadélfia nos Estados Unidos e em outras cidades pelo mundo.
Participaram do evento entre outros nomes, bandas como o Queen, U2 eLed Zeppelin, além de Bob Dylan, Paul McCartney e Phil Collins.
Por mais que o Live Aid tenha sido um marco importante na história do rock mundial, outros países celebram o rock em outras datas. Nos Estados Unidos, por exemplo, há tributos ao gênero no dia 9 de julho, em referência à estreia do programa de televisão American Bandstand, do apresentador e produtor Dick Clark, que ajudou a popularizar o rock no país.