O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul tiveram destaque durante o ano no resgate de vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul a partir do mês de maio deste ano. Em São Leopoldo e Canoas, equipes salvaram mais de 900 pessoas e cerca de 200 animais. Essas ações emergenciais contrastavam com a crise hídrica que assolava o Pantanal sul-mato-grossense e Mato Grosso, onde rios enfrentaram níveis históricos de seca.
Ajuda humanitária no Rio Grande do Sul
Bombeiros de Mato Grosso do Sul atuaram em São Leopoldo, divididos em três equipes para atender áreas afetadas pelas enchentes. A chegada de barcos e viaturas possibilitou resgates em regiões de difícil acesso, onde famílias inteiras estavam ilhadas.
A aeronave da Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA) foi fundamental para o transporte de 700 quilos de medicamentos e no resgate de centenas de pessoas em áreas isoladas. Os temporais no Rio Grande do Sul causaram milhares de mortes e deixaram muitas famílias desabrigadas.
O outro lado da crise: a seca no Pantanal
Enquanto o Sul enfrentava o excesso de água, Mato Grosso do Sul vivia uma das piores secas já registradas. A Bacia do Rio Paraguai, essencial para o abastecimento de água e o transporte de cargas, apresentava níveis preocupantes.
Em abril, o Rio Paraguai atingiu os piores índices históricos, comprometendo o abastecimento de cidades como Corumbá e Cuiabá. A situação levou a Agência Nacional de Águas (ANA) a declarar "Situação Crítica de Escassez Quantitativa", com medidas preventivas para racionamento de água e preservação de recursos hídricos até o final de outubro.
Preparação e cooperação
Enquanto equipes de Mato Grosso do Sul se mobilizavam no Rio Grande do Sul, o governo estadual preparava ações para mitigar os efeitos da seca. Bases avançadas no Pantanal foram instaladas para monitorar e responder rapidamente a incêndios florestais e quedas no nível dos rios.
Essa dualidade de desafios reforçava a necessidade de união e estratégias integradas para enfrentar tanto os impactos das mudanças climáticas quanto os eventos extremos, que se tornam cada vez mais frequentes no Brasil.
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