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2024 Quarta-feira, 01 de Janeiro de 2025, 11:30 - A | A

Quarta-feira, 01 de Janeiro de 2025, 11h:30 - A | A

Retrospectiva 2024

Mato Grosso do Sul em transformação com crescimento e desafios

De conquistas econômicas em Mato Grosso do Sul a mudanças no cenário esportivo e cultural do Brasil

Odirley Deotti e Vivianne Nunes
Capital News

Retrospectiva 2024

Divulgação/FIEMS

Produção Industrial de Mato Grosso do Sul se mantém estável em 75% das empresas

Produção Industrial

Crescimento sustentado e superávit recorde

Mato Grosso do Sul iniciou 2024 com resultados expressivos na balança comercial. Segundo a Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o estado registrou um superávit de US$ 837 milhões no primeiro bimestre, com exportações que atingiram US$ 1,32 bilhão, um crescimento de 25% em relação ao mesmo período de 2023.

A celulose foi o carro-chefe das exportações, seguida por soja e minério de ferro, destacando o papel crucial do agronegócio e da mineração na economia local. A China, maior parceira comercial, aumentou sua participação de 26,96% para 38,66% do total exportado pelo estado.

Expogrande 2024: Um show de sucesso

Expogrande

Expogrande fatura mais de R$ 576 milhões em sua 84ª edição

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A 84ª edição da Expogrande movimentou impressionantes R$ 576 milhões, superando em cinco vezes o faturamento do ano anterior. O evento atraiu mais de 114 mil pessoas, consolidando-se como um dos maiores eventos agropecuários do país. Destaques como o retorno dos julgamentos das raças Nelore e Girolando abrilhantaram a feira, que foi palco de inovação, negócios e entretenimento.

Energia mais barata no começo e bandeira 2 acionada no fim; um ano de desafio aos consumidores

Deurico/Capital News

Foto ilustrativa de conta de luz, bandeira tarifaria, energisa

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Outro marco de 2024 foi a redução de 1,17% na tarifa de energia elétrica para consumidores residenciais, resultado do índice negativo do IGP-M. Essa redução no mês de abril, aliviou o orçamento das famílias e foi a primeira em sete anos. Rosimeire Costa, presidente do Concen-MS (Conselho dos Consumidores de Energia Elétrica de Mato Grosso do Sul), destacou o reposicionamento financeiro das tarifas como um reflexo positivo de estudos técnicos realizados nos últimos anos.

No entanto, o cenário já era outro no mês de setembro com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2 e um alerta sobre a necessidade de diversificação da matriz energética e investimentos em fontes renováveis.

Com as mudanças climáticas e a crescente demanda por energia, a sustentabilidade do setor elétrico brasileiro dependia de esforços conjuntos para otimizar o consumo e ampliar alternativas limpas e acessíveis.

Com um panorama desafiador em setembro, a conscientização e o consumo responsável foram essenciais para enfrentar os custos elevados e contribuir para a sustentabilidade do setor energético.

As bandeiras permitem ao consumidor um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. “Ao saber do valor adicional antes do início do mês, ele pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta”, avaliou na época, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

De acordo com a Agência esta foi a primeira vez em pouco mais de três anos que a bandeira vermelha patamar 2 foi acionada, a última foi em agosto de 2021. Uma sequência de bandeiras verdes foi iniciada em abril de 2022 e interrompida apenas em julho de 2024 com bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto.

O anúncio sinalizava maiores custos para a geração de energia elétrica, com um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Com a previsão de chuvas abaixo da média no mês seguinte, o volume de água nos reservatórios das hidrelétricas do país também deveriam ficar cerca de 50% abaixo da média. “Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais”, explicou a Aneel.

Exportações em alta, mas com oscilações

Assessoria/Fiems

Primeiro trimestre elevou em 14% a exportação de industrializados em Mato Grosso do Sul

Os países que mais compraram oleos vegetais e demais produtos de extração foram a Indonésia, Polônia, Índia e Alemanha.

O Mato Grosso do Sul registrou um aumento de 14% nas exportações de industrializados no primeiro trimestre, alcançando um recorde de US$ 1,361 bilhão. Produtos como celulose, carnes e óleos vegetais lideraram as vendas ao exterior, com a China se consolidando como o principal parceiro comercial. Contudo, março apresentou um recuo de 13% em comparação ao mesmo mês de 2023, destacando a volatilidade do mercado internacional.

Geração de empregos em destaque

O Estado também teve um desempenho positivo na geração de empregos, com o setor florestal, transporte e indústria puxando os números. Apenas em março, foram criadas 4.197 vagas, com a indústria de transformação contribuindo significativamente. Nos últimos 12 meses, Mato Grosso do Sul acumulou 27.560 novos postos de trabalho, reafirmando sua relevância econômica no cenário nacional.

Divulgação

Eldorado Brasil Três Lagoas - MS - Ajudante Florestal

Eldorado Brasil Ajudante Florestal

Abertura de empresas atinge recorde

Outro destaque foi a criação de 960 novas empresas em maio, um recorde para o Estado. O setor de serviços liderou os registros, seguido pelo comércio e pela indústria, evidenciando o dinamismo econômico e o interesse de novos empreendedores em investir na região.

Pressões no consumo e no câmbio

Valter Campanato/Agência Brasil

IGP-10 tem queda de preços de 0,69% em agosto

Cesta Básica

No entanto, 2024 não foi apenas de boas notícias. A cesta básica em Campo Grande fechou o ano como a quarta mais cara do país, com um custo de R$ 772,45, representando um aumento de 10,7% em relação ao ano anterior. Produtos como óleo de soja, carne bovina e café foram os principais responsáveis por essa alta.

Além disso, o dólar atingiu R$ 6,18, afetando o custo de produtos importados e pressionando a inflação. Enquanto exportadores do agronegócio se beneficiaram da moeda valorizada, setores industriais e consumidores enfrentaram custos elevados, refletindo as incertezas fiscais e econômicas do Brasil.

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