Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2008, 13h:55 -
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Autoridades debatem zona de alta vigilância em Ponta Porã
Mercosul News
O Sindicato Rural de Ponta Porã promove nesta sexta-feira (22), às 8h30min, em seu auditório no parque de exposições, uma grande reunião com a presença de várias autoridades do Estado, para orientar os produtores da fronteira sobre a Zona de Alta Vigilância de Febre Aftosa, criada pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).
A portaria já foi publicada no Diário Oficial e define regras para o funcionamento da zona de vigilância implantada na fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai. A zona, que engloba propriedades de 11 municípios, entre eles Ponta Porã, foi criada há um mês pela Iagro (Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal).
Para detalhar como vai ser o sistema de vigilância sanitária para que a doença não ressurja e pontos fixos de fiscalização, nesta sexta-feira estarão em Ponta Porã a secretária estadual de Produção, Tereza Cristina Correia da Costa Dias; o presidente da Iagro, Roberto Bacha e o secretário da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Dácio Queiroz Silva.
“É de vital importância a participação nesta reunião de todos os produtores rurais, autoridades locais, empresários e comerciantes que se relacionam com o setor produtivo rural, pois serão orientados sobre os procedimentos diferenciados para o trânsito de animais e vacinação, diferentes do resto do Estado”, ressalta Fuchs.
A Zona de Alta Vigilância compreende uma faixa de 15 quilômetros de largura no limite dos municípios de Porto Murtinho, Caracol, Bela Vista, Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Japorã e Mundo Novo. São 3,5 mil propriedades rurais envolvidas.
Nessa região foram registrados casos de aftosa em 2005, o que levou Mato Grosso do Sul a ter as exportações de carne embargada por mais de 50 países. A retomada ainda não aconteceu. A portaria do Mapa estabelece que deverão ser impressos mapas cartográficos com os limites da zona de vigilância e também com a identificação das propriedades rurais em sua circunscrição.
De acordo com Ronei Silva Fuchs, a aplicação de vacinas contra febre aftosa, feita pelos produtores rurais, deverá ser acompanhada e fiscalizada pela Iagro. A determinação é que a vacinação seja realizada em consonância com o serviço veterinário do Paraguai.
Fiscalização rígida - Outra previsão é que terão de ser identificadas as fazendas com maior risco epidemiológico para febre aftosa, para que recebam fiscalização específica nessas propriedades entre as etapas de vacinação contra a doença.
Veículos saindo com animais ou produtos de origem animal, de quaisquer municípios incluídos na zona deverão ter a carga lacrada, independentemente do destino. A Iagro, conforme a portaria do Mapa deve estabelecer os roteiros a serem seguidos, prevendo passagem obrigatória. Os veículos terão que passar obrigatoriamente pelos postos fixos de fiscalização.
Esta semana o governo do Estado anunciou a contratação de 176 funcionários temporários para atender às necessidades da Iagro de ampliar a vigilância para evitar a entrada da febre aftosa. Também está convocando funcionários aprovados em concurso. A inscrição para o processo seletivo dos temporários será feita hoje e sexta-feira, nas agências da Iagro, segundo edital divulgado na segunda-feira, e republicado ontem por incorreção.