Terça-feira, 09 de Setembro de 2008, 18h:25 -
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Bolívia pede ao Brasil doação de vacina contra aftosa
Da Redação
O vice-ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Bolívia, Remy González, pediu hoje ao governo brasileiro a doação de 2 mil a 3 mil doses de vacinas contra a febre aftosa, enfermidade que limita as exportações de carne bovina e suína dos países onde os rebanhos estão infectados. Um dos maiores exportadores mundiais de carne, o Brasil tem interesse na erradicação da doença na região, o que só é possível com a vacinação dos rebanhos.
O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, do Ministério da Agricultura, disse, no entanto, que a doação de vacinas para a Bolívia depende da apresentação de um plano de aplicação das doses, incluindo a definição de regiões beneficiadas e o estabelecimento de prazos. Eles reuniram-se na tarde de hoje no Ministério da Agricultura. O ministro Reinhold Stephanes participou de parte da reunião.
Durante o encontro, foi definida a data de um novo encontro, nos dias 26 e 27 de setembro, provavelmente em Cárceres, em Mato Grosso, que fica na fronteira com a Bolívia. Além da doação de vacinas, González disse que os pecuaristas da Bolívia têm interesse numa compra inicial de 30 mil matrizes bovinas do Brasil. O comércio pode chegar a 120 mil animais no médio prazo. Problemas climáticos reduziram o rebanho local e por isso é necessário importar animais, disse o vice-ministro.
Porto lembrou que o Brasil já exporta animais vivos para a Venezuela, vendas que também podem ser feitas para a Bolívia. De acordo com ele, o governo é a favor do "princípio do livre comércio", ou seja, não tomará medidas para limitar as exportações de gado em pé para garantir a oferta para os frigoríficos locais.
O vice-ministro da Bolívia também pediu ao governo brasileiro a criação de uma linha de crédito específica para a Bolívia de US$ 25 milhões para compra de máquinas e equipamentos agrícolas. A idéia é que a linha seja oferecida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). (Fonte: Agência Estado)
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