Em 35 anos de criação do estado de Mato Grosso do Sul a produção agrícola teve um crescimento vertiginoso e os rebanhos bovino, suíno e de aves, mais que dobraram de tamanho neste período. O levantamento é da Agronegócio Sul-Mato-Grossense (Infoagro).
De acordo com o Balanço Anual da Infoagro, a produção de soja, por exemplo, teve um crescimento 880%, saltando de 472 mil toneladas na safra 1977/1978 para 4,628 milhões de toneladas, quase dez vezes mais, no ciclo 2011/2012. O incremento na produção de milho foi ainda maior, de 3.354%, somando a produção no período de verão e a de inverno (safrinha). Na safra 1978/1979, os agricultores do Estado produziram 176 mil toneladas do grão e no ciclo 2011/2012 o volume chegou a 6,080 milhões de toneladas.
Na pecuária, o rebanho bovino mais que dobrou de tamanho, contabilizando o período de criação do Estado até a atualidade. O Infoagro aponta que em 1977 Mato Grosso do Sul tinha 9,3 milhões de animais e que em 2012 o estimado é de 22,3 milhões de cabeças.
Além do rebanho bovino, o estado contabiliza nestes 35 anos crescimentos expressivos do número de aves e de suínos. Na avicultura, a quantidade de animais passou de 2,7 milhões em 1981 para 25,7 milhões este ano, e na suinocultora de 545 mil para 1 milhão de cabeças.
Além das atividades tradicionais, o agronegócio sul-mato-grossense se diversificou. Ganharam destaque também os setores sucroenergético, com a produção de açúcar e etanol, e a silvicultura, com a produção de madeira para a fabricação de papel e celulose.
Prova disso, é que dos cinco principais produtos exportados pelo Estado entre janeiro e agosto deste ano, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), quatro são do agronegócio.
A soja aparece em primeiro, com US$ 638,1 milhões, o que representou 23,83% da receita total do Estado com as exportações no período. Em seguida vem o açúcar refinado de cana com vendas de US$ 326,4 milhões (12,19% do total), a carne desossada de bovino congelada com US$ 292,5 milhões (10,92%) em terceiro e em quinto lugar no top cinco, a celulose, com comercialização de US$ 273,2 milhões (10,20%).