O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) declarou situação de emergência fitosanitária no Mato Grosso do Sul por conta do risco de surto da lagarta Helicoverpa armigera, que ataca as lavouras de soja. O decreto nº 1.260 está no Diário Oficial da União desta quinta-feira (15).
No início deste mês, a Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja/MS) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, Produção e Turismo (Seprotur) anunciaram que foram encontrados focos da lagarta nos municípios de Naviraí, Chapadão do Sul e São Gabriel do Oeste. Depois disso, foram encontrados focos também em Maracaju.
O decreto autoriza adotar medidas emergenciais para o controle da praga nas lavouras. O documento permite, por exemplo, o uso de agrotóxicos sem registro e a importação temporárias dos defensivos agrícolas não autorizados no Brasil.
Podem ainda ser adotadas outras medidas de combate: como o vazio sanitário (que consiste na eliminação das plantas vivas de soja e na proibição do seu cultivo), adoção de áreas de refúgio e a destruição de restos da cultura.
A importação de produtos agrotóxicos, que tenham como ingrediente ativo a substância Benzoato de Emamectina, também está autorizada. As propriedades que utilizarem a substância serão acompanhadas por fiscalização.
A delimitação das áreas atingidas pela lagarta em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul serão divulgadas nos próximos dias no Diário Oficial da União.
A Bahia, o Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Piauí também tiveram emergência fitossanitária confirmada e assinada pelo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, pelo mesmo motivo.