A capacitação de identificadores botânicos e fornecedores certificados de sementes é um dos objetivos das ações que serão desenvolvidas este ano, resultantes da parceria entre o Instituto de Florestas do Pará (Ideflor) e a Embrapa Amazônia Oriental. As duas instituições também estudam a possibilidade de promover novos cursos, com foco na qualificação de escaladores florestais (pessoas que escalam árvores para coletar sementes) e viveiristas comunitários (mantenedores de viveiros de mudas florestais).
A parceria entre Embrapa e Ideflor, renovada no início de abril, prevê outras ações conjuntas visando a estruturação e o fortalecimento da cadeia produtiva do reflorestamento no Estado, por meio da Rede de Sementes e Laboratórios de Espécies Florestais Nativas, além da manutenção e ampliação dos cursos de capacitação, que têm formado coletores e fornecedores de mudas e sementes florestais em vários municípios.
Segundo Cláudio Carvalho, diretor geral da Embrapa, e Noemi Vianna, pesquisadora da instituição, a parceria com o Ideflor deve ultrapassar a garantia de mão de obra especializada para o reflorestamento, contribuindo com as demais ações do programa do governo estadual Um Bilhão de Árvores para a Amazônia.
Oficina - Ideflor e Embrapa, com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), pretendem envolver outras instituições que integram a Comissão Estadual de Sementes e Mudas, por meio da realização de uma oficina de trabalho com participação de especialistas de todo o Brasil, que discutirão os critérios técnicos para regulamentação de Áreas de Coleta de Sementes em Unidades de Conservação e Terras Indígenas do Pará.
“A Embrapa vem participando desde o início do arranjo técnico e institucional da rede de sementes do Estado. Esperamos que essa parceria seja cada vez mais forte”, ressalta Raimunda Monteiro, diretora geral do Ideflor.
Segundo Fabrício Ferreira, diretor de Desenvolvimento Florestal do Ideflor, o convênio entre Embrapa e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) permitiu a aquisição de kits viveiros, que terão capacidade de produzir 50 mil mudas de espécies nativas em uma área de 91m2. “Além da utilização nas capacitações, os viveiros servirão de referência local para a produção de mudas de qualidade, em iniciativas de reflorestamento nas diversas regiões de integração do Pará”, informou.
Etiane Silva, coordenadora técnica das capacitações, informa que os cursos realizados pelo Ideflor e Embrapa estão sendo reavaliados, visando o aperfeiçoamento das atividades.