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Rural Sábado, 04 de Outubro de 2014, 07:09 - A | A

Sábado, 04 de Outubro de 2014, 07h:09 - A | A

Mato Grosso do Sul pode ter déficit de madeira até 2024

Fernando Hassessian - Capital News (www.capitalnews.com.br)

A disponibilidade de terras a preços competitivos, aliada a boas condições, política estadual voltada à silvicultura e condições logísticas atraíram investimentos para o Estado do Mato Grosso do Sul. Não por acaso a área de florestas plantadas quintuplicou nos últimos oito anos, atingindo a casa de 600 mil hectares compostos, principalmente, por eucalipto.

A expansão acelerada do setor florestal do Estado nesse período tem como principal fonte os grandes projetos de celulose, com destaque à Fibria e Eldorado. Porém, o estabelecimento de grandes projetos para produção de celulose na região fomentou a formação de um conjunto de investidores composto por produtores de floresta e empreendimentos em novas áreas como serrados, painéis e energia.

A Forest2Market do Brasil conduziu recentemente um estudo detalhado da cadeia de suprimento florestal no Estado de Mato Grosso do Sul, avaliando a oferta e demanda de madeira atual e projetada até 2026 em diferentes cenários, considerando a possibilidade de entrada de novos players.

Um estudo da Forest2Market sobre a oferta e demanda atual e projetada até 2026, considerando a entrada de novos investidores, aponta que embora o Estado já possua uma base florestal considerável, a produção plena dessas áreas irá demorar a chegar às indústrias.

Em um segundo cenário, ao se considerar novos projetos com elevada chance de concretização, o déficit de madeira no mercado se prolongará por mais cinco anos, até 2022. Finalmente, em um terceiro cenário, cujo arranjo financeiro ainda é incerto, o equilíbrio entre oferta e demanda ocorreria somente após o ano de 2024, mesmo com a ampliação prevista da área de plantio.

Os resultados do estudo realizado pela Forest2Market do Brasil demonstram que a disputa pela matéria-prima florestal no Mato Grosso do Sul será acirrada nos próximos anos. Esse resultado justifica o interesse das empresas do Estado por informações mais detalhadas de preço de madeira.

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