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Rural Segunda-feira, 16 de Março de 2009, 08:38 - A | A

Segunda-feira, 16 de Março de 2009, 08h:38 - A | A

Pecuaristas do MS acreditam que agronegócio vai superar crise

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

A crise financeira mundial que já provoca estragos na economia de Mato Grosso do Sul dominou as rodas de bate-papo durante o 10° Leilão VR JO, o primeiro certame do circuito de pregões da Expogrande 2009, neste domingo no tatersal de elite 1 do Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande, MS. No entanto, apesar do receio com os efeitos da turbulência na economia estadual, a classe produtora está otimista e acredita que o agronegócio sul-mato-grossense vai superar mais essa provação.

Para o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Laucídio Coelho Neto, a pecuária está sólida e a expectativa é que os negócios melhorem gradativamente. "Sabemos que as exportações não estão boas, mas nosso grande trunfo é que a maior parte da produção estadual tem como compradora o mercado interno. Estamos focados no mercado brasileiro e temos de produzir para ele", ressaltou.

Ele completa que a economia mundial já dá os primeiros sinais de recuperação, apesar de ainda termos falta de crédito no mercado internacional, mas isso vai passar logo. "Em curto prazo vamos enxergar uma melhora e acredito que durante a Expogrande 2009 conseguiremos vender os 15 mil animais ofertados com preços melhores. Temos fé que faremos uma feira tão boa quanto a do ano passado, pois ofertamos produtos de qualidade", previu.

O presidente da ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu), José Olavo Borges Mendes, admite que a agropecuária sofreu uns "respingos" da crise financeira mundial, mas tem todas as condições de se recuperar. "Comercializamos alimentos e, por pior que sejam as condições financeiras dos países europeus, eles não vão deixar de importar carne bovina. Posso apostar que essa turbulência econômica é passageira", disse em tom otimista.

O pecuarista Chico Maia, que é candidato único à presidência da Acrissul, destacou que o momento é conturbado, mas que o agronegócio sempre enfrentou situações complicadas e conseguiu sair vencedor. "Estamos acostumados com situações adversas e, por isso, aprendemos a superá-las. Vamos torcer para que possamos fazer o mesmo com essa crise, afinal o criador sabe que nada melhor para superar adversidades que o trabalho duro", analisou.

Já o empresário e pecuarista Sérgio Dias Campos, o Jacaré, que é dono da Perkal Automóveis e da Toka do Jacaré, diz que a crise não deve afetar o agronegócio sul-mato-grossense. "Ele está em franca recuperação graças ao dinamismo do produto rural. Apesar de a arroba do boi gordo estar cotada a R$ 72,00, estamos conseguindo obter até R$ 110,00 nos leilões de corte realizados no Estado. Isso é um bom termômetro para o setor", finalizou otimista. (Fonte: Acrissul/Via Livre)

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