Com o objetivo de prevenir e controlar uma das principais doenças que afetam a soja, conforme lei estadual, te início no próximo dia 15 o período de vazio sanitário da soja em Mato Grosso do Sul.
Os produtores ficam impossibilitados de realizar cultivo dos grãos no Estado, no período de 90 dias, além de precisarem eliminar todas as plantas voluntárias, conhecidas como guaxas ou tigueras, de suas propriedades, com o uso de processos mecânicos ou químicos.
Esses cuidados são necessários para garantir a rentabilidade dos produtores, uma vez que, diminui a necessidade de utilização de métodos de controle de doenças em lavouras. Gerando assim, menos gastos no combate de doenças e maior economia direta nos custos de produção do agricultor, segundo informações do presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), Cristiano Bortolotto.
“Essa e outras doenças causam grandes perdas nas lavouras e enfraquecem a produção, elevando custos e gerando maior impacto ambiental. Portanto, o vazio não pode ser descumprido. O produtor precisa se manter consciente de que esse é o principal mecanismo de combate ao desenvolvimento de ferrugem asiática”, completa.
Melhorias
Com maior conscientização por parte dos produtores, em se atentar para as ferramentas de manejo integrado de pragas, junto a intensificação do trabalho de orientação dos técnicos sobre as oportunidades de vistoria em áreas ocupadas com a cultura de soja, aumenta-se o cadastramento das áreas em relação às safras anteriores.
Isso foi demonstrado na safra 2015/2016, quando foram cadastrados 2.148,6 mil hectares (88,7% da área plantada), frente aos 1.979 mil hectares (85,2%) da safra anterior, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo Filipe Portocarrero Petelinkar, chefe da Divisão de Defesa Vegetal de Mato Grosso do Sul, esses dois fatores garantiram significativa redução no número de autuações nos últimos anos.
No ciclo 2013/14, foram lavrados 209 autos de infração, sendo 178 por falta de cadastro, 28 pela presença de plantas voluntárias e outros 3 por cultivo de soja dentro do período estabelecido para o vazio. Já na safra 2014/15, foram 156 autuações, sendo 111 por falta de cadastro e 42 pela presença de plantas voluntárias de soja.
O cadastramento das áreas onde será cultivada a oleaginosa é obrigatório e os dados mantidos no banco de informações da Iagro servem de base para identificar o total de área plantada, prevenir os agricultores vizinhos quando houver foco da ferrugem por meio de alerta sanitário, além de facilitar as atividades da equipe.
O descumprimento das normas do vazio, de acordo com a Lei, pode implicar em autuação da Iagro e multa de até mil UFRMS - Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul. A unidade teve seu valor estabelecido para o mês de junho em R$ R$ 23,63.