Após o anúncio de fechamento e a demissão de 700 funcionários do Frigorífico Frialto, no município de Iguatemi, o prefeito José Roberto Arcoverde e o presidente do Sindicato Rural de Iguatemi, Marcio Margatto, com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), se mobilizam esta semana em Campo Grande junto às autoridades locais. A ação conjunta visa buscar alternativas para manter em plena atividade o frigorífico.
Na Capital, o prefeito se reuniu com o senador Delcídio do Amaral e os deputados federais Antônio Carlos Biffi e Waldemir Moka. As demais autoridades e ao governador do Estado, André Puccinelli, foi encaminhado um ofício solicitando a interferência dos parlamentares junto ao frigorífico.
O prefeito garante que será um impacto econômico muito grande para o município que possui cerca 12,5 mil habitantes e que estas 700 demissões irão afetar diretamente o cenário da região. “Buscamos uma solução rápida junto à Seprotur e Famasul para viabilizar condições precisas para o funcionamento do frigorífico”, diz. Ele ainda ressalta que durante conversas com um dos proprietários da rede, foi proposta uma audiência pública para que demais parlamentares e toda a sociedade participem da discussão.
De acordo com José Roberto Arcoverde o fechamento da rede foi uma forma de minimizar um problema que poderia se estender. “Foi uma surpresa para eu mesmo, porém a rede é bem quista e conhecida. O fechamento foi uma forma de eles garantirem o pagamento de seus fornecedores e funcionários, para que mais para frente não vire uma bola de neve. Acredito que conseguiremos rapidamente soluções viáveis”, conclui.
O presidente da Famasul, Eduardo Corrêa Riedel que está em Paris, durante a 78ª Assembléia Mundial da Organização Internacional de Epizootias (OIE), já se pronunciou a respeito, garantindo suporte aos produtores que podem ser prejudicados com o impacto causado pelo fechamento do Frialto. “Essa é a hora de incentivarmos ainda mais os produtores a aderir à campanha “Só à Vista”, fechando negócio com gado somente com pagamento à vista. O risco é muito alto para quem vende gado à prazo por conta de dificuldades financeiras que algumas redes frigoríficas estão passando”, salienta. (Fonte: Famasul)