A grande quantidade de chuvas que atingiu Mato Grosso do Sul causou prejuízos nas lavouras de soja, mas segundo levantamento da Associação dos Produtores de Soja do estado (Aprosoja/MS), os danos deverão ser menores. Pelos cálculos da entidade, o prejuízo deverá ser R$ 300 milhões menor do que previsto anteriormente.
Deixaram de ser colhidos 41 mil hectares devido às perdas com a umidade, o que resultou em um prejuízo em torno de R$ 100 milhões aos agricultores (levando em conta um custo médio de produção de R$ 2.452 por hectare). Em janeiro, a estimativa era de perdas de 130 mil hectares e cerca de R$ 470 milhões.
Essa área não colhida se concentra na região sul, onde muitos municípios decretaram situação de emergência por conta dos estragos. Por outro lado, como houve significativo aumento da área plantada, a produção total de soja acabou superando a do ciclo de 2015.
Os agricultores do estado semearam 2,5 milhões de hectares com a oleaginosa na safra 2015/2016, de acordo com a Aprosoja. Isso representa um aumento de 8% (186 mil hectares) em relação à temporada passada.
A produção deve somar 7,5 milhões de toneladas, pouco mais de 7% acima das sete milhões de 2014/2015, e o equivalente a 7,5% da produção brasileira de soja. A produtividade média do Estado está projetada em 50 sacas por hectare, ligeiramente acima das 49,9 sacas da safra passada.
A colheita da soja está praticamente encerrada, e o plantio do milho safrinha, feito na sequência, atinge quase 90%. Mas não está descartada a possibilidade de que a área prevista, de 1,8 milhão de hectares com o grão (acima das 1,7 milhão do ano passado), não se concretize. O motivo é que a chuva que atrapalhou a soja empurrou a janela de cultivo da safrinha de milho.