O governador André Puccinelli mantém a expectativa de que a construção de um sistema dutoviário ligando Mato Grosso do Sul ao litoral brasileiro para escoar a produção de álcool se tornará viável quando o Estado alcançar o montante de 3,5 milhões de metros cúbicos. Ao comentar hoje (19) suposta decisão da Petrobras de adiar investimento na implantação de um alcoolduto nessa região, o governador disse que a condição permanece a mesma e que o incremento na produção de álcool nos próximos anos é que vai comprovar a viabilidade do negócio.
“Vejam, a crise mundial freia investimentos. Temos diversos projetos que queremos para Mato Grosso do Sul, como uma fábrica de fertilizantes e o alcoolduto. E vamos em busca daquilo que poderemos ter”, destacou André. Confiante no potencial do setor sucroalcooleiro, que já conta com 14 usinas ativas e mais sete com previsão de operar a partir deste ano, o governador está otimista com a perspectiva de que ao atingir a quantidade de 3,5 milhões de metros cúbicos (equivalente a 3,5 bilhões de litros) a estrutura dutoviária de transporte será um atrativo para investidores.
Além da estatal Petrobras, o governador lembra que investidores privados também poderão se interessar no alcooduto, se o empreendimento tiver comprovada viabilidade. Nesse mesmo setor, lembrou André, há o exemplo da empresa Brenco, que construiu um alcooduto para uso exclusivo.
“Você tendo produto e tendo mercado, os meios de infraestrutra vêm. Olhem o exemplo das duas ferrovias que entraram no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Isso aconteceu porque temos produtos para levar ao destino, senão os projetos não aconteceriam”.
O governador reforçou que o Estado continua atuando para ser parceiro da iniciativa privada e do governo federal. “Não tenho dúvida que se a Petrobras não entrar no negócio quando houver o montante esperado, ele se tornará viável inclusive com financiamento privado”.