A Organização Mundial de Saúde animal reconheceu a zona de alta vigilância, no oeste de Mato Grosso do Sul, como livre de febre aftosa com vacinação. Com o novo status, os criadores estão apostando na retomada dos negócios.
Os produtores rurais comemoram. Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato grosso do Sul, o fim das restrições sanitárias na região sul do estado representa uma conquista do setor. “O impacto é muito positivo, seja na expectativa de mudança da comercialização dos animais dessa região no mercado externo, seja na comercialização interna, na origem dos animais dessa região, como bezerros como recria para o restante do estado porque havia, sim uma discriminação, uma dificuldade de documentos e de trânsito”, afirmou Eduardo Riedel, presidente da Famasul.
A zona de alta vigilância sanitária foi criada há quase três anos a pedido da Organização Mundial de Saúde Animal após os focos de febre aftosa registrados em 2005 em Mato Grosso do Sul. Treze municípios formavam a zona ao longo de mil quilômetros na fronteira do Brasil com o Paraguai e a Bolívia e uma das características era o rígido controle na circulação de animais.
Na prática, o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal vai proporcionar mais agilidade no manejo do gado. Isso significa economia para o produtor, que deixará de cumprir várias exigências, e menos gastos também para o estado. De acordo com o Serviço Oficial de Defesa Sanitária, só as despesas com vacina, combustível e diárias para os técnicos somavam mais de R$ 80 milhões por ano, custos que agora serão reduzidos.
Para produtores e autoridades sanitárias, o desafio será manter a classificação de área livre de aftosa com vacinação. Por isso, mesmo com o fim das restrições, a fiscalização deve continuar na região. “Principalmente as ações de vigilância e monitoramento do trânsito, que hoje nós temos tudo informatizado, o que facilita bastante. Acabou o problema, mas não podemos baixar a guarda”, disse Tereza da Costa, secretária de Produção/MS.
Os municípios localizados do outro lado da fronteira, na Bolívia e no Paraguai, também passaram a ser classificados como livres da febre aftosa com vacinação. (G1)