Quarta-feira, 30 de Julho de 2008, 16h:50 -
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Sincadems comemora obtenção de certificado de área livre de aftosa pelo MS
Da Redação
O presidente do Sincadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul), Ivo Cescon Scarcelli, comemora o comunicado do diretor-geral da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), Bernard Vallat, à Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) de reconhecer Mato Grosso do Sul como área livre de febre aftosa com vacinação.
Segundo Ivo Scarcelli, a obtenção do certificado de área livre da doença com vacinação é de suma importância para a indústria frigorífica voltar a exportar para os países da EU (União Européia) e também para outros países, como o Chile, que exigiam essa liberação para retomar a compra de carne bovina do Estado. “Acredito que o Chile deve ser um dos primeiros países a restabelecer o comércio com os frigoríficos de Mato Grosso do Sul”, prevê, completando que outros devem seguir o mesmo exemplo.
O presidente do Sincadems destacou que se trata de um grande momento para Mato Grosso do Sul e que é fruto do trabalho do governador André Puccinelli, da secretária estadual de Produção, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, da indústria frigorífica e dos pecuaristas. Na avaliação de Ivo Scarcelli, o Estado, que tem um rebanho de 21,4 milhões de bovinos e de 14.929 de bubalinos, não poderia ficar sem o certificado da OIE.
Agora, com essa decisão, a área livre de febre aftosa do Brasil abrange 18 unidades da Federação – Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Rondônia, Acre, além do Distrito Federal, da região centro-sul do Pará e de dois municípios do Amazonas.
Mapa
Para o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, o reconhecimento é fruto de um trabalho conjunto entre as esferas nacional e estadual.“As autoridades de Mato Grosso do Sul se mobilizaram para sanear seus rebanhos, implantaram uma estrutura de defesa sanitária em consonância com o Ministério da Agricultura e, agora, o estado faz jus ao título concedido pela OIE. É o reconhecimento por um trabalho bem feito, um estímulo para manter a vigilância constante e um passo a mais para a erradicação desse vírus do continente americano”, afirmou.
Em maio deste ano, quando houve a restituição dessa condição para 11 unidades da Federação, foram solicitadas informações adicionais para a mudança do status sanitário de Mato Grosso do Sul. Durante a reunião da Comissão Científica da OIE, finalizada hoje em Paris, as condições do estado foram analisadas e julgadas satisfatórias para o reconhecimento.
“Essa decisão, ansiosamente aguardada, veio em muito boa hora para reforçar a mobilização dos setores público e privado das regiões Norte e Nordeste. As ações necessárias à estruturação dos serviços de defesa nesses estados deverão ser intensificadas, com vistas à obtenção de status livre de febre aftosa até 2010”, comemorou o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz. (Com Assessoria)