O engenheiro-agrônomo Antônio José Meireles Flores, do Departamento Agronômico da cooperativa Copasul, de Naviraí, disse que só a ocorrência de uma “chuva geral até o dia 10”, pode salvar as lavouras de soja que foram plantadas no município e na região do Cone Sul. As chuvas que caíram no final de novembro “foram pancadas em pontos isoladas”, e nas duas ocasiões geraram três e quinze milímetros.
Nos pontos onde houve o plantio mais precoce, as plantas iniciaram o desenvolvimento, mas é necessário que o solo tenha uma boa condição hídrica (umidade). Em vários pontos onde houve o plantio, as plantas iniciaram o desenvolvimento, que pode ser prejudicado, caso não haja chuva em quantidade suficiente.
Em vários pontos, há agricultores que reclamam dizendo que a estiagem está queimando as plantas, que podem acabar mortas. Em algumas áreas (cerca de 10% dos 43 mil hectares prognosticados) há quem já fale em perca de cinco por cento no rendimento médio, e por esta razão, há muitos que acreditam que dificilmente seja alcançado o patamar de 50 sacas/hectare nesta safra de verão 2008/09.
PLANTIO PARADO
Até esta quinta-feira, vários sojicultores de Naviraí esperavam que houvesse chuva para interromper a parada do plantio, suspenso por mais de 10 dias. Cerca de três mil dos 43 mil hectares planejados para a semeadura do grão oleaginoso ainda não tinham recebido a semeadura.
O engenheiro-agrônomo Antônio José Meireles Flores lembrou que os prazos recomendados anualmente variam entre os dias 10 de outubro e 20 de novembro, e que no ano passado, até 15 de novembro, havia 98% de área plantada. Neste ano, espera se que o plantio aconteça até o dia 15 de dezembro. “Em dez anos seguidos, conseguimos cumprir os prazos recomendados, e nesta temporada, muitos produtores terão atraso na plantação do milho safrinha – muitos não conseguirão plantar até a data limite de 15 de março”, declara o agrônomo. (Sul News)