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Rural Sexta-feira, 13 de Junho de 2008, 12:47 - A | A

Sexta-feira, 13 de Junho de 2008, 12h:47 - A | A

Tendências agricolas - Café, soja, milho, boi e etanol

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br) (DA)

Café

Novas áreas de instabilidade chegam ao cinturão produtor de café, novamente trazendo condições para chuva. Nessa quinta-feira, a chuva chega ao Paraná. Entre a sexta-feira e o fim de semana, a chuva atinge o Estado de São Paulo e pontos do sul de Minas Gerais. O frio fica restrito às áreas mais ao sul do cinturão produtor.

As temperaturas mínimas não baixam dos 5C no norte paranaense.
Os modelos estendidos de previsão continuam variando bastante a previsão após o dia 19 de Junho. Cada modelo indica uma massa de ar polar chegando ao Brasil, mas em dias distintos.

Soja

A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) opera com preços mistos neste momento. A oleaginosa mantém o tom negativo da sessão eletrônica, realizando os lucros da quinta-feira, quando o grão atingiu o limite de alta de 70 centavos de dólar por bushel em várias posições. Idéias que o mercado está sobrecomprado, a firmeza do dólar e a queda do petróleo abrem espaço para um movimento de vendas por parte de especuladores.

Compras por parte de especuladores impulsionaram as cotações. O excesso de chuvas no Meio Oeste dos Estados Unidos constitui-se no principal motivador deste movimento de compra. As fortes precipitações e enchentes trazem preocupação quanto à produtividade e a produção da nova safra americana, devido à ameaça de replantio em algumas áreas.

Milho

A BM&F trabalhou no limite de alta, impulsionada pelo fator clima de geadas e tempestades nas regiões produtoras. O mercado é pressionado por um movimento de realização de lucros frente aos fortes ganhos registrados na quarta-feira. A fraqueza nos mercados de fora também e o baixo desempenho das vendas líquidas norte-americanas de milho também devem influenciar os negócios.


Boi

Os frigoríficos de Mato Grosso do Sul conseguiram avançar um pouco nas escalas de abate por conta do aumento no preço pago pela arroba do boi, que chegou até R$ 90 em algumas regiões do estado.
Fonte do setor de compra informa que o pecuarista segue ditando preços e que a oferta de gado segue curta. A escala de abate está fechada até o dia 16.

Segundo fonte do setor de compra a partir deste novo patamar de preço até foi possível negociar a compra de alguns lotes de gado, ampliando a escala de abate até o dia 19. Com dólar em queda e arroba do boi gordo em alta, o indicador Esalq/BM&F boi gordo em dólares subiu 6,12% durante o período analisado (uma semana), ficando em US$ 53,46/@.

O maior crescimento da receita se deve à valorização da carne brasileira no mercado internacional. O preço médio da tonelada de carne bovina in natura exportada foi de US$ 3.841, aumento de 11,70% em relação ao mês anterior quando os exportadores negociaram a carne brasileira a US$ 3.438. O aumento das exportações é dos fatores que ajuda na manutenção atual dos preços do boi gordo. Além do fato dos frigoríficos precisarem comprar bois para cumprir contratos de exportação, esta situação está colaborando para a valorização do preço da carne no mercado interno.

Outro fator que tem criado boas expectativas para os proximos meses é a abertura de novos mercados para a carne brasileira pela China que habilitou novas plantas para exportação da carne bovina. Com essa falta de boi gordo pra compra, os frigorificos estão recorrendo ao abate de fêmeas, cujos preços da arroba também esta subindo em todas as regiões produtoras. E a oferta por bezerros é bastante enxuta fazendo os preços atingirem recordes consecutivos.

Etanol

A projeção de oferta mais apertada de açúcar no mercado global puxou a alta do preço da commodity ontem. Chuvas nas regiões produtoras de cana no Brasil, que tendem a reduzir a produtividade, e uma maior utilização da cana para a produção de etanol motivaram o temor de que haja aperto na oferta. Em Nova York, os contratos de açúcar para outubro subiram 8 pontos, para 11,05 centavos de dólar por libra-peso.(Corretora Souza Barros)

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