Todas as cidades do Cone-sul superaram 90% de efetivação da negociação com os produtores beneficiados pelo rebate de dívidas concedido pela União aos atingidos pelas medidas de contenção do foco de febre aftosa. A autorização para o desconto saiu em outubro, por meio do decreto federal nº 6.597/2008, beneficiando pequenos agricultores que ficaram sem condições de pagar as dívidas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O prazo para os assentados e demais contemplados procurarem o Banco do Brasil e pagar os 5% que restaram do débito terminou em 30 de dezembro.
Com o negócio fechado, os agricultores voltam à condição de tomar novos financiamentos, e o governo do Estado, por meio da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) pode implementar ações previstas no Plano de Revitalização Produtiva na Região do Cone-sul. Esse plano foi o principal instrumento para que Mato Grosso do Sul conseguisse do governo federal o rebate das dívidas dos produtores de pequeno porte prejudicados pela aftosa.
O abate sanitário de animais - em outubro de 2005 e em fevereiro de 2007 - impossibilitou a geração de renda, impedindo que os produtores pagassem os financiamentos junto ao Banco do Brasil, e, mobilizou o empenho do governo de Mato Grosso do Sul para conseguir da União o abatimento das dívidas de crédito rural. Em outubro, foi concedido rebate de 90% sobre o saldo devedor vencido ou vincendo, para a liquidação das operações de custeio e investimento contratadas no âmbito do Pronaf.
Financiamentos
Nesta primeira quinzena de janeiro, o Banco do Brasil está fazendo o processamento interno das negociações, garantindo assim a reabilitação das famílias no programa de financiamento.
A partir de fevereiro, extensionistas rurais deverão retomar o trabalho junto aos produtores, para definir e levar os projetos ao Banco em busca de novos recursos. A Agraer explica que ficou definida a diversificação produtiva em todas as cidades, com enfoque na fruticultura, na retomada da produção leiteira, na cultura da mandioca e na apicultura. Essa diversificação prevê também a agregação de valor à matéria-prima, com implantação de agroindústrias. (Com informações do Notícias MS)