O frigorífico Independência aparece como o que mais realizou demissões este ano em todo Brasil. Foram 6,6 mil funcionários demitidos até agora e segundo esses demitidos, o número pode chegar a 9 mil demissões.
O Independência já pediu recuperação judicial via o Bando Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e portanto, já recebeu certa quantia para prover a recuperação de suas contas.
No entanto, as demissões continuam e segundo o advogado da empresa, Estevão Mallet, o fato de o frigorífico ter pedido recuperação judicial não impede as demissões.
Ontem, o frigorífico fechou unidades em Itupeva e em Presidente Venceslau, ambas no estado de São Paulo e outra em Nova Xavantina (MT), demitindo 1,4 mil funcionários.
Na semana passada o grupo dispensou 4,8 mil empregados e encerrou atividades em cinco unidades: Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Em fevereiro, fechou o frigorífico aqui da Capital e 400 pessoas foram demitidas.
Até janeiro, o Independência empregava cerca de 11 mil pessoas e tinha capacidade de abate de 10,8 mil bovinos por dia.
Para o Ministério da Agricultura, há "problemas pontuais" no segmento. O Independência é o maior dos seis frigoríficos que pediram recuperação judicial desde o agravamento a crise mundial. Os outros são os grupos: Arantes, Frigoestrela, Margen, IFC e Quatro Marcos.
Sindicalistas pediram ao Ministério do Trabalho a ampliação do pagamento do seguro - desemprego para os demitidos de nove unidades do grupo.
(Com informações da Folha de São Paulo)
