Familiares e amigos de segurança morto fazem panfletagem no Centro

Gilmar Hernandes e Eduardo Penedo - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Familiares e amigos do segurança Jeferson Bruno Gomes Escobar, morto na madrugada do dia 19 de março, em um bar localizado na avenida Afonso Pena, em Campo Grande, estão no Centro de Campo Grande fazendo uma panfletagem pedindo Justiça e também convocando as pessoas para uma grande evento no dia 19 de abril, às 18 horas, também no Centro da Capital, data do aniversário dele.

Esse protesto, que visa à mudança no código penal e que Justiça seja feita, contará com familiares do menino Rogério de Mendonça Pedra Filho, 2 anos, morto durante uma briga de trânsito no Centro da Capital pelo jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, 61 anos, no final de 2009. Também estarão presentes integrantes da torcida Mancha Verde (Palmeiras) e da Falange Vermelha (Comercial).

De acordo com o advogado João Marcos Escobar, pai de Brunão como era conhecido, a Justiça está fazendo um bom trabalho. “Parabenizo a delegada e a Promotoria de Justiça, pois estão fazendo um papel íntegro”, desabafa. Ele reforça ainda que o protesto de hoje é em razão da família do acusado Cristhiano Luna de Almeida, 23 anos, ter contrato um dos melhores advogados de Campo Grande para desqualificar a acusação de homicídio para crime de racismo, pois ele também teria respondido de forma pejorativa, o que o deixaria pouco tempo na prisão.

Clique na imagem para acessar a galeria

..
Foto: Deurico/Capital News

“O esquecimento é o adubo que nutri a impunidade - Wesley E. Hayas” – Esta é uma das mensagens estampadas nas faixas durante o protesto desta manhã, além do pedido de Justiça. Cerca de 50 pessoas estão reunidas neste momento.

Na segunda-feira (4), a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra Cristhiano Luna, acusado pela morte do segurança Jeferson Bruno Gomes Escobar, foi aceita pelo juiz da 2ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos.

Segundo a denúncia apresentada pelo promotor Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, da 20ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, Christiano é acusado por homicídio doloso duplamente qualificado, motivo torpe e utilizar recurso que dificultou a defesa da vítima. O juiz marcou ainda a primeira audiência para o dia 5 de maio, às 13h30, no intuito de ouvir as testemunhas de acusação, num total de 17 pessoas.

Clique na imagem para acessar a galeria

..
Foto: Deurico/Capital News

Após exame necroscópico, ficou constatado que a causa da morte do segurança foi insuficiência respiratória e traumatismo no tórax. Conforme a delegada Daniella Kades, colegas de Christiano disseram que ele teria sido agredido dentro do bar. No entanto, ao realizar exame de corpo delito foi constatado que não havia marcas de agressões pelo corpo de Christiano, apenas leve escoriação no braço.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul negou na sexta-feira (1º/4) habeas corpus ao acusado, que continua detido no Presídio de Trânsito de Campo Grande desde o dia do crime. Se condenado poderá pegar de seis a 20 anos de prisão.

Video