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Cotidiano Quinta-feira, 10 de Junho de 2010, 15:30 - A | A

Quinta-feira, 10 de Junho de 2010, 15h:30 - A | A

Incra é ocupado por agilidade nos processos de MS

Marcelo Eduardo e Eduardo Penedo - Capital News

Cerca de 40 sem-terra ocupam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na Avenida Afonso Pena, no centro de Campo Grande, nesta quinta-feira (10).

Eles querem agilidade nos processos de desapropriações de determinadas áreas. Os manifestantes afirmam que a morosidade burocrática acaba por deixar as famílias sem casa desamparadas.
Para o assentado Gilson da Silva, a manifestação é uma tentativa é sensibilizar a direção do instituto. “Isto é pela desburocratização.”

José de Souza, também sem-terra, afirma que 62 pessoa esperam espaços da Fazenda Nazaré, na região de Nova Alvorada do Sul. O local já teria sido motivo de ação judicial, mas, outra vez, afirma, a demora na desapropriação cria prejuízo ao sem-terra.

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Gilson da Silva diz que burocracia emperra asentados
Foto: Deurico/Capital News

O superintendente do Incra, Waldir Cipriano Nascimento, afirma que a demora não se deve à burocracia. “Eles acham que é burocratização, mas não é uma questão de burocracia. É uma questão necessária por conta da desapropriação”, processo que pode durar até três anos, afirma.

“Preciso por em prática instruções normativas e discutir caso a caso. Preciso da documentação de cada pessoa porque, senão, corro o risco de dar terra a quem não está assentado”, exemplifica Nascimento.

Quanto à Fazenda Nazaré, Waldir Nascimento, conta que o proprietário e a Justiça já entraram em acordo, mas, que as medidas demandam tempo – justamente os cerca de três anos apontados anteriormente pelo superintendente.
 

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Superintendente do Incra, Waldir Nascimento, conta que espera pode chegar a até 3 anos
Foto: Deurico/Capital News

Mesmo já morando em assentamento, Marilsa de Souza Silva, foi ao Incra. Está ali para ajudar aos companheiros, afirma. Em companhia de três filhos pequenos, ela conta que é casada e mãe de outras três crianças, que estão com o pai, no assentamento. Pelas dificuldades, dois filhos morreram. “Há quatro anos estou no movimento. Há dois, no assentamento. Estou aqui pelos colegas porque vejo o sofrimento de quem vive às margens das BRs.”

Por: Marcelo Eduardo e Ana Maria Assis – (www.capitalnews.com.br)

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