Após a tréplica dos advogados de defesa de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, acusado de mandar matar o também traficante João Morel, o júri composto por sete pessoas, sendo cinco mulheres e dois homens, se retiraram do fórum para votação.
O júri terá que analisar quatro quesitos para a condenação de Baira-Mar: se de acordo com os depoimentos, João Morel foi morto por golpes de “chuços”, facas artesanais; se terceiros participaram desferindo golpes contra a vítima; se o réu participou do crime como mandante e se o júri absolve o acusado. Sendo este último quesito dividido em três tópicos: caso condenado, se o crime foi por motivo banal; se houve crueldade no assassinato e se o réu pediu que o assassinato não desse chance de defesa a vítima.
As pessoas que compõe o júri devem responder sim ou não aos quesitos para definir a condenação de Baira-Mar. Eles estão reunidos e devem voltar a sala de julgamento com o resultado.
Tréplica
Para o advogado de defesa, Luiz Fernando Bataglin Maciel, Beira-Mar deveria ser tratado como um réu comum. “É um absurdo que ele não seja tratado como um réu comum. É o cúmulo ele ser condenado por um crime que não cometeu. Quero saber se alguém tem provas concretas” declara a defesa.
Já o outro membro da defesa Wellington Corrêa da Costa Júnior acusou a promotoria de oferecer provas inválidas. “A promotoria busca provas míticas. O que tem no processo são apenas arremedos de indícios “ afirma.
Ainda de acordo com Wellington, o depoimento de Marcelo Diniz, assassinado em 8 de janeiro, não poderia servir como prova. Marcelo teria presenciado a cena, pois cumpria pena na cela próximo a de Morel. “É um absurdo falar que um detento saiu da cela, com tanta segurança. Isso não poderia ser usado como prova” declara.
Por Reginaldo Rizzo e Jefferson Gonçalves - (www.capitalnews.com.br)
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