O governador André Puccinelli (PMDB) disse que vai aguardar as decisões do PDT para assim poder falar sobre alianças partidárias com o PMDB para as eleições de 2010. Segundo o governador, ainda não é dado como certo o esvaziamento do PDT. “Eu não sei se o PDT vai esvaziar. Depois que nós [PMDB] virmos o tamanho que o PDT ficar, se é que vai esvaziar, aí nós iremos conversar” disse o governador durante a solenidade no Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul nesta manhã.
O governador ainda disse que se sente feliz com a procura dos deputados que pretendem abandonar o partido e se filiar àqueles, que mesmo menores, ainda apóiam o PMDB. “Eu nunca quis esvaziar o PDT. Tanto que nós dispusemos uma vaga do Senado para o PMDB e outra para os outros partidos, incluindo o PDT.
Porém, a decisão foi tomada por eles, pelo comando nacional e pelo comando estadual. Se eles, os deputados, decidiram abandonar o partido por que não há possibilidade de me apoiar e vai para um que me apóie, quem é que acaba ficando feliz?” disse André, onde informou se sentir lisonjeado pela procura dos deputados.
Impasse
O PDT (Partido Democrático Trabalhista) de Mato Grosso do Sul vem sendo palco de disputas e impasses internos desde o dia 8 de setembro. A briga dentro do partido da flor vermelha ficou ainda mais acirrada quando o vereador Loester Nunes foi reeleito presidente do diretório na Capital. Rigo convocou convenção expurgando a anterior.
No dia 22 de agosto, estava marcada a convenção municipal do PDT. A data é proposta pela Executiva Nacional e deve ser feita em todas as cidades. Naquele dia seria escolhida a chapa da Executiva Municipal. Acontece que teria havido um acordo entre Dagoberto e Rigo para que uma chapa de consenso fosse criada e que nela estivessem pessoas ligadas a ambos os parlamentares. Todavia, Rigo acusa Dagoberto de montar uma chapa sozinho e excluí-lo do processo.
As portas do diretório da Capital foram trancadas e a eleição se deu na varanda do estabelecimento, com a presença de Zeca do PT como convidado. O vereador Paulo Pedra foi eleito presidente.
Porém, Rigo convocou novas eleições e Loester foi reencaminhado à presidência. Pedra é o vice.
Intervenção Nacional
No dia 22, a Executiva Nacional do PDT nomeou o até então presidente de honra do partido, João Leite Schimidt, como interventor da sigla em Mato Grosso do Sul. Com a decisão, o presidente regional na época, o deputado estadual Ary Rigo, que presidiria o partido até o dia 20 de outubro, perdeu o cargo, o que provocou imediatamente a possibilidade de saída de deputados da sigla. Os deputados estaduais Ary Rigo, Onevan de Matos, Antonio Braga e o Coronel Ivan estariam cotados para abandonar o PDT, se filiando a partidos aliados ao PMDB.
O pano de fundo de fundo dos impasses dentro do PDT são as alianças partidárias para as eleições de 2010. De um lado, a base de apoio do ex-presidente regional e deputado estadual, Ary Rigo, têm como o objetivo dar apoio a reeleição do governador André Puccinelli. De outro a base do deputado federal Dagoberto Nogueira Filho, que apóia a aliança com o PT, para trazer o ex-governador Zeca do PT com candidato ao governo em 2010.