A juíza Dileta Terezinha, que autorizou a Operação Owari, mandou bloquear os bens de vinte acusados de envolvimento em fraudes de licitações, principalmente do empresário Sizuo Uemura. "Como há indício de autoria de vários crimes nós pedimos o bloqueio desses bens até que se resolva a ação penal. Se no final dessa apuração judicial se constatar que os bens não foram adquiridos com produto de crime, eles serão devolvidos. Caso contrário irão à leilão e os valores serão entregues à União", disse a Juíza em entrevista à Rede Record de Televisão na noite de ontem.
Porém o enfretamento entre a Justiça e os acusados acabou tirando parte da liberdade da juíza que agora só anda com seguranças, 24h. "Já trabalhei em vários crimes rumorosos, mas, a fama dos atuais envolvidos nessa operação que a Polícia Federal desenvolveu, a gente tomou a precaução de ter que ter um segurança. Tira um pouco a privacidade da gente, mas é para o bem de todos e assim vai continuar", explicou a magistrada.
Indignação
"Às vezes se um ladrão de galinha estivesse roubando uma galinha para comer ia preso. Às vezes o cara mata um bicho do mato para comer e vai preso. Às vezes até em um acidente se você atropelar um animal você vai preso e não tem fiança e para aquele que rouba aí, apronta e faz, fica na mesma, não acontece nada. É a Justiça nossa. Quem trabalha hoje não tem valor, tem valor quem está envolvido nesse esquema aí que você está vendo, na malandragem", comentou o popular Donizete Francisco da Silva durante depoimento para a reportagem da TV na Praça Antônio João.
"Foi errado né? Tinha que ficar preso, porque um pobre vai preso não é assim. O rico vai preso e já levam a televisão, a comida pra ele e termina em pizza", completou Thiago Cavalcante também em entrevista na Praça Antônio João. (Com informações do site Dourados News)