O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) aceitou habeas corpus em favor do empresário Sizuo Uemura, os filhos Eduardo e Sizuo Junior e ainda do funcionário da família, conhecido como Polaco, e concedeu a liberdade aos suspeitos na tarde de hoje. Eles eram os únicos de um grupo de 42 pessoas que foram presas na semana passada pela Polícia Federal, e que ainda não tinha conseguido o alvará de soltura.
Agora todos vão poder responder pelas acusações em liberdade. O grupo foi preso na Operação "Owari", que apura denúncias de desvio de verbas públicas, corrupção, formação de quadrilha e agiotagem. A PF apurou um esquema fraudulento de licitações, principalmente as que envolvem serviços de saúde e funerários.
Entre os presos estão o vice-prefeito e secretário de Serviços Urbanos de Dourados, Carlinhos Cantor, os secretários municipais de Governo de Dourados, Darci Caldo, de Obras, Carlos Ióris, e de Saúde, Sandro Barbara, dois assessores especiais do prefeito de Dourados, Jorge Dauzacker e Márcia Fagundes Geromini, o ex-secretário de Fazenda de Dourados, Luiz Seiji Tada, e o filho do ex-prefeito de Dourados Laerte Tetila, o dentista André Tetila, além de empresários.
Conforme o delegado da PF, Bráulio Galloni, o bando agia há cerca de 40 anos em Dourados, Campo Grande, Ponta Porã, Naviraí, Guaíra (PR) e Umuarama (PR). Os suspeitos atuavam no suposto esquema de fraude em licitações da área de Saúde. Os prejuízos aos cofres públicos seriam de R$ 20 milhões, segundo a PF.
Ministério Público Estadual
Na semana passada, o MPE afirmou que entrará no caso para apurar as fraudes em Dourados. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), vinculado ao MPE, deve agir daqui em diante, após finalização do inquérito da PF. A decisão teria sido tomada após novos desdobramentos.