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Interior Sexta-feira, 06 de Fevereiro de 2009, 12:16 - A | A

Sexta-feira, 06 de Fevereiro de 2009, 12h:16 - A | A

Falta de atendimento médico vitimou 190 pessoas em Dourados

Da redação (LM)

Aproximadamente 190 pessoas, vítimas de acidentes que sofreram lesões graves na cabeça e outros membros (politraumatizados) acabaram morrendo por falta de neurocirurgião e Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), no Hospital de Urgência e Trauma (HUT), ao longo de 2008 em Dourados.

De acordo com o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Wilson César Medeiros, em junho do ano passado, os casos começaram a se intensificar porque o Hospital Evangélico (HE), que até então dava suporte ao HUT, suspendeu a parceria por falta de um entendimento entre a Prefeitura e HE.

Wilson lembra que por causa disso, os pacientes em estado grave, vítimas de acidentes, que precisavam passar por uma cirurgia de urgência na cabeça, eram transferidos para Santa Casa de Campo Grande, onde acabavam morrendo por falta de atendimento provocado pela superlotação, já que o hospital atende pacientes de todo Estado.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde informou que hoje, apesar da Prefeitura não ter ainda firmado um acordo oficial com o HE, este voltou a dar suporte ao HUT e com isso tem reduzido as vítimas fatais.

Segundo Wilson, caso o acordo entre Prefeitura e HE - para que assuma a gestão do HUT e Hospital da Mulher - seja consumado, o HE vai levar todo o corpo clínico, que compõe pelo menos cinco neuro cirurgiões.

O conselheiro defende que o HE assuma os dois hospitais, pois tem toda a estrutura, tanto como administrativa como clínica, além disso, facilidade em negociar com a classe médica, onde mantém uma composição salarial já definida para cada tipo de especialista.

Ele informou que para a maioria dos conselheiros, o tipo de contrato que será feito entre Prefeitura e HE é de importância secundária, pois o que mais se preza no momento é a garantia de um tratamento eficaz à população. "Claro que defendemos um contrato claro e com garantias de atendimento e de qualidade", afirmou.

Ele disse que ainda não tem data marcada para a Prefeitura apresentar ao Conselho uma nova proposta do acordo que deverá ser firmado entre HE e Prefeitura.
Na última reunião realizada no mês passado, o contrato apresentado pela Prefeitura acabou não sendo votado pelos conselheiros por conta de uma série de irregularidades constatadas pelo Ministério Público Estadual. Com isso, a prefeitura ficou de refazer o contrato com outras propostas, dentro das exigências do MPE. (Dourados Agora)

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