Acadêmicos da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) promovem protesto hoje, 26 de junho, contra o reajuste da tarifa do passe estudantil, que passou de R$ 1,00 para R$ 1,15. Eles pedem que os estudantes boicotem as empresas de ônibus, em repúdio ao aumento de preços dos bilhetes e dos serviços dos coletivos.
A manifestação foi organizada pelos DCEs (Diretórios Centrais de Estudantes), que também pretendem protestar na praça Antonio João. O manifesto começou no Terminal de Transbordo e seguiu para a Câmara Municipal dos Vereadores.
O problema, segundo os estudantes, é que o aumento significaria para um aluno que estuda integralmente, R$ 13,20 a menos ao final do mês.
“Levando em consideração que o aluguel é caro em Dourados, que o aluno tem despesas com alimentação, livros e apostilas, R$ 13 fazem muita diferença”, afirma Fernando Machado, presidente do Centro Acadêmico XXVII de Agosto, do curso de Direito da UEMS.
O fato é que na Universidade muitos alunos se mantêm com bolsas estudantis que giram em torno de R$ 300. “Neste contexto, R$ 13 significam quase 5% da renda de um estudante ou três dias de almoço”, destaca.
A reclamação dos universitários não gira só em torno da questão financeira. Eles argumentam que pior ainda é aumentar a tarifa e não ver melhorias no transporte.
Segundo Machado, o que se vê todos os dias “são ônibus antigos, superlotados, pessoas em pé, má distribuição dos horários e das linhas que dão acesso ao terminal”
Antigamente, lembram os estudantes, a luta era pelo transporte gratuito às universidades. “Hoje não levamos mais em conta a luta pelo passe livre, como antigamente. Sabemos que as empresas precisam se manter, mas queremos um preço justo e um serviço adequado”, completa o presidente do CA.
Machado ainda recorda que em uma audiência pública realizada com vereadores há uns dois meses, eles se comprometeram a convocar uma reunião com representantes dos acadêmicos, da Câmara Municipal, da Medianeira e da Prefeitura. “Até hoje isso não aconteceu e estamos esperando”, conclui.(Com informações do Dourados Agora)