Isolamento social abriu caminho para serviço de delivery e ampliou o número pedidos; mesmo assim, muitas demissões ocorreram no setor
A pizza é uma paixão nacional e isso não é nenhuma novidade, haja visto o dia 10 de julho, em que é comemorado nacionalmente o Dia da Pizza. Essa preferência mantém-se firme até mesmo durante este período de pandemia. De acordo com a Associação Pizzarias Unidas do Brasil são produzidas, por dia, o total de um milhão de pizzas.
Mesmo sem poder comer no estabelecimento, durante o isolamento social, foi o serviço de delivery quem sustentou o segmento, e as pizzarias registraram aumento considerável de pedidos. Isso impediu que muitos microempreendedores falissem neste período de crise.
Mantida por um grande grupo de empresários do setor de pizzarias, a Associação Pizzarias Unidas do Brasil realizou entre os meses de março e junho algumas pesquisas com não associados e associados para entender melhor o impacto da Covid-19 no segmento. Os resultados apontaram respostas às seguintes questões: número de lojas, mensal de vendas antes e durante a pandemia, alterações no quadro de funcionários e sabor mais vendido.
O levantamento da Associação revelou uma queda relevante nas vendas nos primeiros 15 dias da quarentena, recuperando a margem geral a partir do mês de abril. A partir daí, o faturamento aumentou entre 10% e 30%, porcentagem que variou conforme as regiões. Nas pizzarias da cidade de São Paulo, por exemplo, que normalmente já operavam exclusivamente com o sistema de delivery, foi registrada uma média de 12,8% de aumento no faturamento.
Além disso, a pizza considerada a favorita dos brasileiros – segundo a pesquisa – é a pizza de calabresa, seguida por portuguesa e frango com catupiry. A pizza marguerita, também muito apreciada, caiu para o quarto lugar.
Início da pandemia gerou desempregos
No entanto, para muitos, nem tudo “acabou em pizza”. Durante a primeira semana de abril, o início da quarentena e do isolamento social, 44% dos entrevistados pela Associação Pizzarias Unidas do Brasil apontaram que houve uma suspensão de contratos de trabalho, e as demissões ficaram em 23%.
Espera-se, agora, que este movimento positivo que se seguiu na sequência dos meses – entre abril e junho – possibilite a ampliação dos postos de trabalho e maior geração de empregos no segmento alimentício.