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Coluna Geração Agora

10 países que mais apostam no mundo e como são as regras para apostar

Por Luisa Pereira

Da coluna Geração Agora
Artigo de responsabilidade do autor

Com o aumento do interesse da população mundial por apostas esportivas, os países estão avançando na regulamentação de uma atividade que movimenta bilhões em diversas regiões

Reprodução/Freepik

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A indústria de apostas esportivas vem se consolidando como uma tendência global, movimentando bilhões na economia de vários países. Ao mesmo tempo, isso aumentou os debates sobre a fiscalização dessas atividades, buscando um maior controle por parte dos governos.

O relacionamento dos governos com as casas de apostas varia, e o setor ainda é proibido em muitos lugares. Por outro lado, os principais países da Europa e da América possuem regulamentações. Dados da BNLData indicam que os Estados Unidos são os principais apostadores do mundo.

Por se tratar de uma atividade que se popularizou recentemente no meio digital, ainda é necessário realizar mais estudos e avanços. Nesse sentido, é importante observar como diferentes regiões decidiram lidar com a situação para promover um jogo mais responsável.

Países que mais apostam no mundo

O mercado global de apostas movimenta bilhões de dólares em diversos países. Embora alguns tenham conseguido criar uma regulamentação eficiente, outros ainda buscam desenvolver regras para controlar a indústria.

Estados Unidos (US$ 119 bilhões): país onde fica Las Vegas e com uma forte tradição em apostas, os Estados Unidos lideram o ranking com grande vantagem.

China (US$ 76 bilhões): uma das maiores economias do mundo, a China enfrentou problemas recentes com o vício em apostas na população, mas continua se destacando apesar das restrições rigorosas.

Japão (US$ 31,4 bilhões): o país asiático oferece poucas opções de esportes para apostas, mas movimenta grandes quantias no setor.

Itália (US$ 23,9 bilhões): com um histórico de escândalos relacionados às apostas, a Itália tem restrições mais rígidas em comparação com outros países da Europa, mas o setor continua movimentando a economia.

Reino Unido (US$ 19,9 bilhões): com apostas regulamentadas e uma lista de casas autorizadas, o Reino Unido mantém um mercado lucrativo no setor.

Austrália (US$ 18,4 bilhões): o mercado de apostas esportivas está em crescimento na Austrália, mas o tema gera controvérsia no governo, que estuda proibir a publicidade relacionada aos jogos.

Alemanha (US$ 14,8 bilhões): o país tem um controle mais rígido sobre o setor na Europa e aprovou recentemente uma nova legislação.

França (US$ 13,3 bilhões): o país implementou novas restrições ao mercado de apostas nos últimos anos, mantendo a lucratividade do setor sob controle.

Canadá (US$ 13 bilhões): com regras variáveis entre as províncias, o Canadá possui uma longa tradição em apostas, que desempenham um papel relevante na economia local.

Espanha (US$ 12,4 bilhões): um dos primeiros grandes países a regulamentar o setor, a Espanha também tem um mercado expressivo de apostas esportivas.

E o Brasil? Com os avanços recentes no setor, o país tem lucros cada vez maiores com apostas, segundo dados recentes. Um estudo da BNLData, por exemplo, revela que os brasileiros lideram o acesso a sites de apostas esportivas, seguidos pelo Reino Unido e Nigéria.

Em cada país, as regras e as casas de apostas permitidas podem variar. Nesse sentido, plataformas como o Aposta Hub podem ser úteis para encontrar sites onde é possível jogar de forma responsável.

Regras de apostas em cada país

Os Estados Unidos, principal mercado de apostas no mundo, possuem uma regulamentação desde 2018, ano em que a Suprema Corte anulou uma decisão que impedia a atividade na maior parte do território.

Assim como em diversos outros temas, essas regras variam em cada estado do país, com 34 dos 50 permitindo algum tipo de aposta. As permissões vão desde totais e parciais, incluindo locais onde as apostas só podem ser feitas de forma presencial, até aqueles onde a atividade ainda é proibida.

Nevada foi um dos primeiros estados a regulamentar os jogos de azar, sendo o lar da famosa cidade de Las Vegas.

Com o maior mercado consumidor do mundo, a China adotou novas restrições para controlar a indústria de apostas. O país enfrenta uma luta contra o vício da população, que tem gerado efeitos negativos em vários setores da economia.

Essas normas também variam nos principais países da Europa. O Reino Unido, por exemplo, aplica taxas anuais e conta com uma lista de entidades autorizadas a emitir licenças. Na Espanha, existe um imposto de 20% sobre os lucros das casas para permitir a operação desde 2011.

A Itália adota regras mais rigorosas, incluindo a taxação dos lucros e limites nos ganhos dos jogadores. Isso ocorre em razão do histórico de manipulação de resultados no país, com escândalos envolvendo os principais clubes.

A França também tem prestado mais atenção ao tema, com uma proibição recente ao uso de influenciadores e atletas em ações publicitárias.

Na América do Sul, a Colômbia se destaca por seus avanços, com regras estabelecidas em 2015 e a criação de uma entidade específica para fiscalização. Além disso, assim como nos EUA, a Argentina também tem normas que variam de acordo com as diferentes regiões do território.

Importância das regulamentações locais

Cada país tem características próprias e precisa encontrar sua própria forma de lidar com a indústria global de apostas. No caso do Brasil, alcançar um nível pleno de jogo responsável pode ser mais difícil devido à extensão do território e ao tamanho da população.

Além disso, os países têm a soberania para criar suas próprias leis de controle dessa atividade, cabendo às casas de apostas se adaptarem às regulamentações locais. Estabelecer regras é essencial para prevenir fraudes e lavagem de dinheiro, comuns nesse setor.

No Brasil, o debate sobre a manipulação de resultados continua, já tendo levado a consequências como prisões e o banimento de atletas do esporte.

Sem um controle adequado, os jogos de azar também podem causar problemas financeiros e pessoais à população, com muitos que não entendem que a prática não pode ser um meio de ganhos financeiros, mas apenas de diversão.

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