Uma mulher de Mato Grosso do Sul foi condenada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na semana passada a devolver mais de R$ 3 milhões recebidos por 33 anos como pensão alimentícia por se passar como filha de um ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FAB), que atuou na Segunda Guerra Mundial. Ela também deverá pagar multa de R$ 1 milhão e fica proibida de exercer cargo público comissionado ou função de confiança por oito anos.
Com a morte do militar, Vicente Zarate, que não tinha filhos, a pensão cessaria. A irmã dele resolveu então falsificar documentos da neta dela, Ana Lucia Umbelina Galache de Souza, que tinha 15 anos, para que se apresentasse como filha solteira do tio-avó e elas passaram a dividir os valores recebidos desde novembro de 1988. O Exército só descobriu a irregularidade porque após um desentendimento entre elas, a avó denunciou a neta em 2021 e o benefício foi supenso em maio de 2022.
A avó morreu pouco tempo depois de denunciar a neta, sem responder criminalmente pela fraude. Ana Lucia, que hoje tem 55 anos, foi condenada em fevereiro de 2023 a três anos e três meses de prisão pela Justiça Militar. Por meio da Defensoria Pública da União, ela recorreu ao Superior Tribunal Militar (STM), onde dois ministros votaram pela manutenção da condenação e a decisão final está pendendente porque o ministro Artur Vidigal pediu vistas do processo. (Com Metrópoles e CNN)
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