Equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA) retomaram na manhã de hoje a procura por Jorge Avalo, de 60 anos, caseiro de uma fazenda no Pantanal de Mato Grosso do Sul que teria sido morto em ataque de onça na madrugada de ontem às margens do rio Miranda, na região do Touro Morto. Moradores e turistas avisaram as autoridades após encontrarem pegadas do felino e sangue no local na manhã de ontem e serem informados do sumiço de "Jorginho", que uma semana antes havia sido gravado em um vídeo reproduzido pelo G1MS em que mostra pegadas de onça na área e relata ter visto uma briga por território entre dois grandes felinos.
Especialistas afirmam que ataques de onças a humanos são raros, mas alertam que cuidados devem ser tomados. "Embora esses animais evitem o contato com seres humanos, situações como encontros com animais no período de cio e cópula, proteção de filhotes, encontros inesperados que façam a pessoa correr na presença do predador, momentos de alimentação, animais feridos ou alterações em seu comportamento natural provocadas por ações humanas podem levar a situações de risco", disse ao jornal O Estado, de Campo Grande, o médico veterinário e pesquisador na área de coexistência humano-onça no Pantanal, Diego Viana.
O veterinário também reforçou a necessidade de se combater práticas ilegais como a atração de onças para incentivar o ecoturismo, o que também configura crime ambiental. "É fundamental também alertar para o perigo representado pela prática ilegal da 'ceva', a atração de onças com o uso de carcaças ou presas vivas", disse Viana, explicando que essa tentativa de atrair os animais para exibição a turistas pode alterar o comportamento dos felinos, fazendo com que percam o medo natural do ser humano e associem pessoas à presença de alimento.
LEIA A COLUNA DE HOJE CLICANDO AQUI EM MARCO EUSÉBIO IN BLOG
• • • • •