Produtores do Estado sofrem com um problema inusitado: ataques de javalis às plantações. Busca por solução para a questão será tema de audiência pública sediada na Assembleia Legislativa no dia 23, a partir das 14h.
Também será levado em consideração o crescimento desordenado dos animais, que vem ocorrendo, segundo os fazendeiros. Mas, como o abate é proibido pelas autoridades ambientais, uma outra alternativa deve ser encontrada.
O evento na Casa de Leis é desdobramento da reunião realizada pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), no dia 10, em Rio Brilhante, região mais atingida pelos ataques.
Serão convidados, segundo assessoria da Famasul, para a audiência o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), a Secretaria de Estado de Produção e Turismo (Seprotur), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), sindicatos e produtores rurais e outros setores interessados no assunto.
Conforme o presidente do Sindicato Rural de Rio Brilhante, Leonardo Mendonça Thomaz, estima-se que os proprietários rurais já tenham tido um prejuízo em torno de R$1 milhão. “É muito mais do que um problema econômico, é um desequilíbrio ambiental, ecológico. Realmente, é muito preocupante”, enfatiza, via assessoria de imprensa da Famasul. Thomaz afirma que muitos animais de outras espécies da região já sumiram. “O javali tem reprodução rápida, de 4 a 12 filhotes. Está difícil combater.”
Javalis atacam plantações cada vez em maior número. Trazido da Europa, o javali era uma das vítimas prediletas de “caçadores esportistas”. Todavia, alguns animais foram cruzando com outras espécies predadoras. Hoje, alguns produtores o consideram uma praga.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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09/09/2010 - 15:40
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