O Ministério Público do Estado (MPE) divulgou nota admitindo que investiga pessoas com “foro privilegiado” em Mato Grosso do Sul, inclusive, dentro da instituição.
Segundo a nota direcionada à imprensa local, veiculada no fim da tarde desta terça-feira (21), assinada pelo presidente do MPE, Paulo Alberto de Oliveira, documentos como CDs e DVDs que foram realizados (segundo a nota) com permissão judicial pela Polícia Federal (PF) foram encaminhados à Corregedoria Geral da instituição, “que instaurou procedimento para apuração disciplinar de eventual irregularidade praticada por membro do Ministério Público”.
De acordo com a nota, o procurador chama a situação de “graves fatos veiculados”, e que o MPE tem o “intuito de cumprir sua missão constitucional”.
Confira a íntegra da nota
“Nota Oficial
Em função da veiculação de notícias acerca de irregularidades envolvendo membro do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, o Procurador-Geral de Justiça Paulo Alberto de Oliveira informa que as providências necessárias para rigorosa apuração dos fatos foram e estão sendo adotadas desde 17 de setembro de 2010, tendo sido encaminhados documentos, CDs e dvds decorrentes do monitoramento e captação ambiental de áudio e vídeo, todos devidamente autorizados judicialmente e realizados pela Polícia Federal, para o Procurador-Geral da República, em razão da prerrogativa de foro de algumas das autoridades citadas.
Os mesmos documentos foram encaminhados à Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, que instaurou procedimento para apuração disciplinar de eventual irregularidade praticada por membro do Ministério Público.
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, reafirma seu compromisso com a sociedade, buscando uma célere e eficaz apuração dos graves fatos veiculados, no intuito de cumprir sua missão constitucional.
Campo Grande, MS, 21 de setembro de 2010.
PAULO ALBERTO DE OLIVEIRA
Procurador-Geral de Justiça”