O julgamento do empresário Luiz Afonso Santos de Andrade, 43 anos, assassino confesso da arquiteta Eliane Nogueira, morta as 39 anos, no dia 2 de julho do ano passado, que foi suspenso por alguns minutos voltou e os advogados de defesa do réu revelaram à reportagem que vão continuar sustentando a tese de que Andrade não matou a arquiteta por ciúme.
O empresário está sendo julgado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Responde, também, por destruição de cadáver.
O advogado de defesa, Rui Lacerda, disse que a defesa manterá a tese que o acusado não matou por ciúme e que o crime não é torpe.
A acusação sustenta que o crime teria motivação passional e que a vítima, por várias vezes, tentou se separar do empresário. A acusação diz ainda que o acusado estava traindo a arquiteta. O réu admitiu em juízo que matou a mulher por esganadura e colocou fogo no carro, destruindo o corpo parcialmente. Ao confessar o crime, atribuiu a uma discussão típica de casal em conflito. Eles estavam em fase de separação.
Luiz Afonso está preso desde o dia do crime. Ele demorou meses para confessar oficialmente ter matado a esposa. Mas havia feito isso em uma conversa extra oficial com o delegado que investigou o caso, Wellington de Oliveira, do 4º Distrito Policial, no bairro Moreninhas.
A defesa de Luiz Afonso nunca tentou colocá-lo em liberdade após o crime, porém tentou adiar o julgamento, alegando que faltou ouvir a mãe do empresário, Maria Noemia dos Santos, que mora em Santa Catarina. O pedido foi negado e a Justiça alegou que não houve interesse da defesa, tanto que foi fornecido endereço errado da testemunha.
No plenário, está previsto que sejam ouvidas duas testemunhas de acusação, o arquiteto Luiz Pedro Scalise, sócio e amigo de Eliane, e o irmão dela, Wladimir Nogueira.
Por Eduardo Penedo e Jackeline Oliveira - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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