A Operação Brothers deflagrada pela Polícia Federal aponta que os dois irmãos de Dourados, que controlam serviços de limpeza pública, limpeza de prédios públicos, coleta de entulho e coleta de lixo em Dourados, tentaram fraudar licitações da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) e da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). O esquema incluiria servidores públicos municipais, visando verbas destinadas pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Os irmãos e outras 40 pessoas, presas no dia 7 de Julho durante a Operação Owari e soltos no dia seguinte, beneficiados por um habeas corpus, foram indiciados formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, desvio de verba pública, fraude em licitações e financiamento irregular de campanha. Segundo investigações, os brothers (irmãos) mantinham uma organização paralela a de outro empresário preso com os dois filhos, acusados de fraudarem licitações com a ajuda de servidores.
Enquanto os primeiros atuavam no setor de limpeza pública (poda, entulho, faxina em órgão públicos e transportes), os outros, no ramo de funerária e cemitérios, além de serviços de saúde. LIgações entre os dois grupos teriam sido comprovados pela polícia. Investigações levantaram também que a organização dos brothers teriam agido para assumir serviços na UFGD e Hospital Universitário, administrado pela universidade. Nisso tudo, entrariam atestados falsos de serviços prestados, entre outros. O esquema envolvendo funcionários públicos sugere pagamento de propinas, mas não revela se os brothers conseguiram vencer as licitações das universidades e do PAC. (Com informações do Dourados Agora).