Por meio de um despacho ontem à tarde, a Justiça proibiu que integrantes do 15° Grito dos Excluídos em Dourados faça qualquer menção ao envolvimento de políticos e pessoas influentes da cidade na Operação Owari da polícia Federal sob a pena de prisão por desobediência.
O movimento pretendia protestar entre outros pontos polêmicos, contra a corrupção na “coisa pública” que foi denunciada pela Polícia Federal e que levou ao indiciamento de mais de 70 pessoas, porém duas pessoas que participariam do movimento receberam os “avisos” oficiais da Justiça ontem já no final da tarde, de modo que não houvesse tempo para uma “contra-liminar”.
As duas pessoas foram responsabilizadas por qualquer desobediência, mesmo não fazendo parte da organização do movimento, que é nacional. Mesmo se elas estiverem em casa e algum nome aparecer durante o desfile elas poderão ser detidas.
A decisão foi assinada pela juíza Dileta Thomaz e afirma que “não se pode citar nomes, ainda mais em manifestos perante a sociedade, eis que até o momento só há indiciados, estados os autos em fase da denúncia”. Ela afirma que Marcondes sequer foi indiciado.
Na intimação enviada aos a juíza diz que os manifestantes “podem falar da Operação Owari, porém sem citar nomes de pessoas, que não constam que foram indiciados, por delitos nela apurados”.
A imprensa estadual já está proibida de divulgar nomes sob a multa de R$ 2 mil por dia em caso de desobiência. (Fonte: Dourados News)
