“Eu acho que nós somos ‘candidatíssimos’. Estamos disputando com muita gente. Com Espírito Santo e com Minas Gerais. E têm bancada mobilizada e o próprio Aécio [Neves, governador de Minas]. Mas, eles precisam estar perto do gás que vem da Bolívia”, disse. A informação foi repassada na noite de sexta-feira, 11, quando do encontro com militantes petistas para lançamento de sua pré-candidatura á reeleição e de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca, ao governo do Estado.
Na sexta-feira, a prefeita de Três Lagoas Simone Tebet disse ao Capital News, via celular, revelou que representantes da Petrobras já visitaram, não oficialmente, a cidade por cinco vezes este ano. Ainda conforme Simone, o conteúdo do ofício era de que, se a fábrica viesse ao Estado, Três Lagoas seria a cidade a recebê-la. Agora, o único impasse, segundo ela, é com relação ao local dentro do município onde a indústria será edificada. “Na segunda-feira, eles [técnicos da multinacional] vêm para verificar isso, acredito.”
Quanto à visita técnica da Petrobras na segunda, Delcídio diz que não é “confirmação de nada”. “Eles precisam disso. Não dá para iniciar uma obra sem isso. Os técnicos estão indo para fazer um trabalho de campo.”
A falta de fato relevante seria uma comprovação de que a implantação da fábrica em Mato Grosso do Sul não está certa, acredita Delcídio. “A Petrobras é uma empresa de capital aberto. Ela tem acionistas. Se isso estivesse certo, teria publicado um fato relevante. O que, até agora, não aconteceu.”
Fato relevante, no mundo dos investimentos, seria qualquer informação que pudesse causar impacto ou influência de modo ponderável na cotação das ações de uma empresa.
Com a nova fábrica, o Brasil deve tornar-se autosuficiente na produção de fertilizantes. A previsão de investimentos é de US$ 2 bilhões.
Local
Segundo Simone, ainda via telefone, os técnicos lhe disseram que três itens são primordiais para a instalação da fábrica: estar próxima ao rio Paraná, próxima às tubulações de gás vindo da Bolívia e do novo contorno ferroviário [a ser construído na cidade com recursos do programa de obras MS Forte, do governo do Estado], “para que eles tenham acesso a um terminal lá”, diz.
Conforme Delcídio, a Petrobras deverá levar em consideração sempre critérios técnicos e, “nisso, levamos vantagem”.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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