A segunda audiência no processo que julga a morte de Wesner Moreira da Silva, 17 anos, que ocorreu após ele ter sido violentado em lava a jato de Campo Grande, está marcada para a tarde do dia 2 de outubro. Na primeira, que acontececeu nesta terça-feira (5), sete testemunhas foram interrogadas pela Justiça com a finalidade de esclarecer os fatos ocorridos no caso que, gerou grande comoção e revolta na população da cidade, além da indignação na família da vítima.
Conforme o Tribunal de Justiça, prestaram depoimentos ao juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, a mãe de Wesner, o irmão, dois primos e uma prima da mãe; uma assistente social que atendeu o adolescente quando ele recebeu os primeiros socorros na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e um técnico em enfermagem que também teve contato com a vítima.
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A oitava testemunha seria o médico que atendeu Wesner, mas ele não foi intimado e deve prestar informações na próxima audiência. Também deverá receber intimação para comparecer diante do juiz, a assistente social da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) que conversou com a vítima.
Na segunda audiência participa, ainda, o médico legista que subscreveu o parecer médico-legal para que ele possa esclarecer os detalhes sobre as lesões sofridas pelo adolescente e testemunhas de defesa dos acusados como autores do homicídio.
Segundo a denúncia, o dono do lava a jato Thiago Demarco Sena e William Henrique Larrea que era funcionário, introduziram uma mangueira de ar no ânus do adolescente, provocando a sua morte. A dupla foi acusada pelo homicídio e a data do julgamento ainda deverá ser marcada.