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Cotidiano Quinta-feira, 28 de Janeiro de 2021, 10:54 - A | A

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Recorde

Apesar da pandemia, indústria registra alta nas vendas

Índice é considerado o melhor para o mês, em toda série histórica desde fevereiro de 2010

Flavia Andrade
Capital News

Divulgação

Apesar da pandemia, indústria registra alta nas vendas

Índice é considerado o melhor para o mês, em toda série histórica desde fevereiro de 2010

 

Balanço divulgado pela Sondagem Industrial, realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 58 empresas no período de 04 a 14 de janeiro de 2020, aponta que a produção industrial de Mato Grosso do Sul, registrou um bom resultado apesar da pandemia mundial do novo coronavírus, e fechou o mês de dezembro de 2020 com 53,5 pontos. Sendo este o melhor desempenho para o período já registrado em toda a série histórica iniciada em fevereiro de 2010.

 

Considerando o índice de dezembro de 2020, cerca de 78% das empresas industriais do Estado apresentaram estabilidade ou aumento na produção (40% das empresas com produção estável e 38% com crescimento). “Comparando com o mesmo mês de 2019, essa participação foi superior em 7 pontos percentuais. Com esse desempenho, o índice de evolução da produção fechou dezembro de 2020 com crescimento de 3,4 pontos na comparação com igual mês de 2019 e de 10,4 pontos sobre a média histórica obtida para o mês”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

 

Sendo assim, a utilização da capacidade instalada alcança o maior patamar para o mês de dezembro dos últimos seis anos. “Em dezembro, 79% dos respondentes disseram que a utilização da capacidade instalada ficou igual ou acima do usual para o mês. Já o patamar médio de utilização da capacidade total ficou em 74%, indicando aumento de três pontos percentuais em relação a dezembro de 2019. Por fim, o indicador de uso efetivo em relação ao usual fechou o mês de dezembro em 54,4 pontos, resultado 12,7 pontos acima da média histórica obtida para o mês”, completou o economista.

 

Analisando de um modo geral, os empresários industriais de Mato Grosso do Sul mostraram-se satisfeitos com a margem de lucro operacional de suas empresas no 4º trimestre de 2020, com o indicador alcançando 56,9 pontos. Comportamento semelhante foi verificado em relação a situação financeira geral da empresa, que marcou 57,9 pontos, enquanto a exceção ficou por conta das condições de acesso ao crédito com 43,5 pontos, indicando que essa variável segue negativamente avaliada pelos empresários industriais do Estado.

 

No Estado, aproximadamente 84,5% dos empresários industriais consideraram a margem de lucro operacional obtida no 4º trimestre de 2020, como satisfatória ou boa. Na mesma comparação, a situação financeira geral da empresa foi avaliada como satisfatória ou boa por 89,6% dos participantes. Já o acesso ao crédito foi considerado difícil por 20,7% dos empresários, enquanto 27,6% responderam não ter buscado crédito no trimestre e 70,7% responderam que houve aumento dos preços das matérias-primas utilizadas.

 

De acordo com Ezequiel Resende, as principais dificuldades enfrentadas pelos industriais de Mato Grosso do Sul no 4º trimestre de 2020 foram: falta ou alto custo da matéria-prima, elevada carga tributária, falta ou alto custo de energia, falta ou alto custo de trabalhador qualificado e taxa de câmbio. 

 

 

Já sobre o índice de expectativa do empresário industrial, o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems enfatiza que a demanda alcançou, em janeiro deste ano, 61,6 pontos, sinalizando expectativa de aumento na demanda para os próximos seis meses e, em relação ao mês anterior, o índice apresentou recuo de um ponto. “Em janeiro, 46,5% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses. Por outro lado, para o mesmo período, 1,7% preveem queda. Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 50,0% do total”, disse.

 

Sobre os empregados, o índice de 55,7 pontos, sinaliza que o número de empregados deve aumentar nos próximos seis meses a partir de janeiro e, em relação ao mês anterior, o índice se manteve estável (+0,5 ponto). “Em janeiro, 29,3% das empresas disseram que o número de empregados deve aumentar nos próximos seis meses. Por outro lado, 3,4% acreditam que esse número deve cair. Enquanto 65,5% das empresas esperam manter o número de funcionários estável”, argumentou Ezequiel Resende.

 

Para as exportações, o índice aponta 56,1 pontos, sinalizando que as vendas para o exterior devem aumentar nos próximos seis meses a partir de janeiro, enquanto em relação ao mês anterior o índice apresentou recuo de 6,4 pontos. “Em janeiro, 12,1% dos respondentes disseram esperar aumento nas exportações de seus produtos nos próximos seis meses. Enquanto 3,4% acreditam que deva ocorrer queda. Já as empresas que preveem estabilidade para suas exportações responderam por 15,5% do total. Por fim, 67,2% disseram que não exportam”, analisou.

 

A intenção de investimento do empresário industrial, em janeiro, o índice de intenção de investimento do empresário industrial ficou em 63,7 pontos, resultado 11 pontos maior que a média histórica obtida para o mês. “O indicador reflete a elevada participação das empresas industriais que pretendem realizar investimentos nos próximos seis meses, correspondendo a 69% do total. Por fim, os resultados variam de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir” disse o economista.

 

Em janeiro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) registrou 64,1 pontos, indicando aumento de 6,6 pontos em relação com a média histórica obtida para o mês. “A confiança segue em patamar elevado, sobretudo, ao maior do otimismo do empresário com os próximos seis meses. Somada também a percepção de que a economia continua em recuperação, principalmente pela avaliação feita em relação as condições atuais da própria empresa”, disse Ezequiel Resende.

 

Ainda em janeiro, 15,5% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora foi apontada por 13,7% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 6,9% dos respondentes. Já para 37,9% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 44,8% e, a respeito da própria empresa, o número ficou em 41,4%.

 

As condições atuais da economia brasileira melhoraram cerca de 43,1%. Já em relação à economia estadual esse percentual ficou em 37,9% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 48,2%. Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 3,4%.

 

 

Ainda conforme o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems ressalta que em janeiro 10,3% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira. Em relação à economia estadual, o resultado alcançou 5,1% e, quanto ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 3,4% dos empresários.

 

A economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 27,6%, sendo que em relação à economia do Estado esse percentual alcançou 29,3% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 25,9%. “58,6% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar”, pontuou o economista.

 

Em relação à economia estadual, o resultado ficou em 62% e, no caso da própria empresa, 67,2% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. “Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 3,4%”, finalizou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

 

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